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Um réptil coberto de escamas e com aparência mítica, como se fosse um dragão de desenho: este é o dragão-vela. Apesar de parecer ter saído de um tempo pré-histórico, esse animal é real e está vivo nos dias de hoje.
Também conhecido como lagarto-vela, o réptil faz parte da mesma subordem das iguanas e dos camaleões, mas pertence a um gênero completamente próprio. Conheça!

Dragão-vela parece pertencer à pré-história… mas não
Apesar de lembrar um dragão como descrito nas histórias e filmes, o dragão-vela é um réptil real e que está vivo atualmente.
Ele faz parte de um gênero próprio, o Hydrosaurus. São pelos menos cinco espécies conhecidas, sendo quatro nativas da Indonésia e uma encontrada nas Filipinas.
Uma delas é o dragão-de-barbatana-de-vela-gigante indonésio (Hydrosaurus microlophus, na foto acima). Ele é o maior e mais pesado entre as cinco espécies. Outra delas que chama atenção é o lagarto-de-barbatana-de-vela-filipino (Hydrosaurus pustulatus), pois os machos ficam com coloração azul ou violeta durante a temporada de acasalamento (como mostra a primeira foto da página).
O nome dragão-vela tem motivo. Uma das principais características do animal é uma estrutura em forma de vela na cauda, que os ajuda a deslizar entre rios, manguezais e florestas tropicais. Junto com a cauda, os pés achatados permitem que eles corram pela superfície da água por alguns segundos, como se estivessem flutuando.

Hábitos do réptil
- Quando filhotes, os dragões-vela costumam caçar ratos, insetos, ovos e lagartos menores à beira dos rios. Conforme eles amadurecem, passam a ter uma dieta onívora, formada por flores, frutas, folhas e carne;
- Outra característica curiosa é uma espécie de olho no topo da cabeça. Trata-se de um conjunto de células fotorreceptoras sensíveis à luz;
- A razão por trás dessa estrutura ainda é um mistério para a ciência. Pesquisadores acreditam que ela ajude os animais a regular a produção hormonal através de detecção de luz e regular processos biológicos.

Dragão-vela ainda esconde mistérios
Ainda se sabe pouco sobre o dragão-vela. Segundo o IFLScience, a curiosidade em torno do réptil fez com que ele se tornasse alvo do comércio ilegal de animais selvagens, com algumas espécies entrando em situação de risco.
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Um estudo de 2014 se dedicou a estudar um pouco mais sobre esse ser. Na ocasião, cientistas coletaram amostras de DNA de 20 exemplares que haviam sido vendidos ao mercado ilegal em Manila, nas Filipinas, e os compararam com outros 80 animais encontrados nos habitats naturais.
Esse processo revelou uma espécie nova, que ainda não havia sido identificada.