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A Nvidia divulgou, nesta quarta-feira (19), os resultados do seu terceiro trimestre fiscal, superando as expectativas de Wall Street tanto em receita quanto em lucro, além de apresentar uma projeção acima do previsto para as vendas do quarto trimestre. As ações da companhia chegaram a subir até 3% no pós-pregão.
Segundo dados comparados às estimativas de analistas consultados pela LSEG e divulgados pela CNBC, a empresa registrou:
- Lucro por ação: US$ 1,30 (R$ 6,93, na conversão direta) ajustado, ante US$ 1,25 (R$ 6,67) esperados;
- Receita: US$ 57,01 bilhões (R$ 303,9 bilhões), acima dos US$ 54,92 bilhões (R$ 292,8 bilhões) projetados.
A Nvidia afirmou que espera cerca de US$ 65 bilhões (R$ 346,5 bilhões) em vendas no trimestre atual. Analistas projetavam lucro por ação de US$ 1,43 (R$ 7,63) e receita de US$ 61,66 bilhões (R$ 328,7 bilhões).
A companhia registrou lucro líquido de US$ 1,30 (R$ 6,93) por ação diluída, ou US$ 31,91 bilhões (R$ 170,1 bilhões), alta de 65% em relação aos US$ 19,31 bilhões (R$ 102,9 bilhões), ou US$ 0,78 (R$ 4,16) por ação diluída, do mesmo período do ano anterior.
Atualmente, a Nvidia é a empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, impulsionada pela forte demanda por seus chips de inteligência artificial (IA), as GPUs, utilizadas para desenvolver novos modelos de IA. Entre seus clientes, estão Microsoft, Amazon, Google, Oracle e Meta.
O desempenho da companhia e suas projeções são acompanhados de perto pela indústria de tecnologia, por servirem como termômetro do momento do setor de IA. O CEO, Jensen Huang, afirmou que as vendas do GPU de última geração da empresa, o Blackwell, foram “excepcionais”.
Nvidia: área de data centers voa
- A área mais relevante da Nvidia é o setor de data centers. No trimestre, a companhia reportou US$ 51,2 bilhões (R$ 273 bilhões) em vendas, superando com folga as expectativas de US$ 49,09 bilhões (R$ 261,7 bilhões), crescimento de 66% na comparação anual;
- Desse total, US$ 43 bilhões (R$ 229,2 bilhões) vieram de computação, isto é, das GPUs, enquanto US$ 8,2 bilhões (R$ 43,7 bilhões) correspondem ao segmento de soluções de rede, que reúne componentes que permitem que milhares de GPUs funcionem como um único computador;
- A diretora financeira Colette Kress afirmou, em comunicado, que a família de chips mais vendida atualmente é a Blackwell Ultra, segunda geração da linha Blackwell;
- Em outro comunicado, Huang declarou que “as GPUs para nuvem estão esgotadas”, respondendo a preocupações de investidores sobre a concentração das vendas nos chamados hyperscalers — grandes provedoras de nuvem que precisam encontrar usuários finais para os chips.
Antes da explosão da IA, a Nvidia era conhecida principalmente pelos chips usados em jogos 3D. No trimestre, a empresa teve US$ 4,3 bilhões (R$ 22,9 bilhões) em receita com gaming, alta de 30% em relação ao ano anterior.
“Acreditamos que a Nvidia será a melhor escolha para a construção de infraestrutura de IA, que movimenta de US$ 3 a US$ 4 trilhões [R$ 15,9 trilhões/R$ 21324394147306,79] anualmente”, disse Kress em uma teleconferência com analistas sobre os resultados financeiros.
Outros setores
Outro segmento tradicional é o de visualização profissional, que somou US$ 760 milhões (R$ 4 bilhões) em vendas, avanço de 56% na comparação anual. O número inclui ainda receitas do DGX Spark, o desktop de IA da Nvidia anunciado no início do ano.
A empresa também tem destacado a robótica como uma de suas frentes mais promissoras. As vendas de automotivo e robótica totalizaram US$ 592 milhões (R$ 3,1 bilhões) no trimestre, aumento de 32% frente ao ano anterior.
Além disso, a empresa realizou recompras de ações no valor de R$ 12,5 bilhões (R$ 66,6 bilhões) e pagou, em dividendos, US$ 243 milhões (R$ 1,2 bilhão).
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