Ozempic oral? Pesquisa mostra resultados promissores

Estudo internacional aponta que medicamento oral de GLP-1 pode revolucionar o tratamento de diabetes tipo 2 e reduzir custos
Leandro Costa Criscuolo20/11/2025 14h39
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Imagem: Artem Stepanov/Shutterstock
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Um medicamento oral experimental à base de GLP-1, a mesma do Ozempic, pode ampliar as opções de tratamento para adultos com obesidade e diabetes tipo 2, segundo um estudo internacional liderado por pesquisadores da UTHealth Houston.

Os resultados, publicados no The Lancet, apontam que o comprimido — chamado orforglipron — proporcionou maior perda de peso e melhor controle glicêmico em comparação com placebo.

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Versão em comprimidos do Ozempic pode viabilizar tratamentos mais baratos contra a obesidade (Imagem: Caroline Ruda / Shutterstock.com)

Uma alternativa aos injetáveis

  • Atualmente, os tratamentos com GLP-1 disponíveis no mercado são injetáveis, exigem refrigeração e podem causar desconforto no local da aplicação.
  • O orforglipron, por sua vez, é um agonista do receptor GLP-1 de molécula pequena tomado uma vez ao dia, sem necessidade de refrigeração e sem restrições relacionadas a refeições.
  • Ele estimula a liberação de insulina, reduz a secreção de glucagon e ajuda no controle do apetite.

Para Deborah Horn, professora e diretora de medicina da obesidade na McGovern Medical School e principal autora do estudo, a chegada de um GLP-1 oral “pode proporcionar maior acesso e melhores oportunidades de saúde para pacientes com obesidade e diabetes”.

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GLP-1 em comprimido avança e pode substituir injeções no combate à obesidade (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Resultados do estudo

O ensaio acompanhou 1.613 adultos em 10 países durante 72 semanas, com doses progressivas do medicamento. Além do tratamento, os participantes receberam orientações de alimentação equilibrada e prática regular de exercícios.

Após o período de acompanhamento, as perdas de peso variaram de 5,5% a 10,5% entre os grupos que receberam orforglipron, contra 2,2% no grupo placebo. A média chegou a 10,4 kg nos níveis mais altos de dose. Os efeitos colaterais foram majoritariamente gastrointestinais, leves a moderados.

Se aprovado pelo FDA, o orforglipron pode chegar ao mercado em 2026 com custo inferior ao de terapias injetáveis — um potencial novo marco no tratamento da obesidade.

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Medicamento oral para obesidade supera expectativas e anima pesquisadores – Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.