Casa Branca pede que Congresso não aprove lei que restringe as exportações da Nvidia

A legislação tem como objetivo estabelecer que as empresas americanas tenham prioridade na compra de chips de IA
Por Matheus Chaves, editado por Lucas Soares 20/11/2025 10h55
Nvidia
Notícia é animadora para a Nvidia (Imagem: Antonio Bordunovi/iStock)
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Segundo informações do portal Bloomberg, funcionários da Casa Branca estão pressionando membros do Congresso a não aprovar a Lei GAIN AI Act, que limitaria a capacidade da Nvidia de exportar seus chips de IA para a China e outros países adversários dos EUA.

Em caso de aprovação, a GAIN AI criará um sistema que obrigará os fabricantes de chips a priorizar os americanos na compra de chips de IA.

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Chip da Nvidia
Caso seja aprovada, a lei afeta diretamente a Nvidia (Imagem: Nor Gal/Shutterstock)

Posicionamento da Casa Branca é uma vitória para a Nvidia

A Nvidia vem lutando contra a aprovação desta legislação. O argumento da empresa é que não há clientes dos EUA passando por problemas de escassez de chips.

Por outro lado, algumas empresas americanas podem lamentar que a legislação não seja aprovada. É o caso da Microsoft, que apoia o projeto, pois ele pode ajudar a preservar seu acesso a hardware, colocando a empresa à frente de concorrentes chineses. 

Outro ponto é que a legislação tem capacidade de facilitar o envio de chips de IA avançados para data centers americanos nos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. 

nvidia chip
Chips de IA são muito importantes para o futuro tecnológico (Imagem: gguy / Shutterstock.com)

Novo projeto de lei

Caso a GAIN AI não seja aprovada, não significa que as tentativas estarão encerradas as tentativas de restringir os chips chineses no Capitólio – sede do poder legislativo federal dos EUA.

Segundo a reportagem da Bloomberg, parlamentares já estão planejando uma medida que codificaria os limites existentes para a venda de chips de IA para a China. 

A proposta, chamada de Lei de Exportações Seguras e Viáveis (SAFE, na sigla em inglês) de 2025, traz a exigência para que o Departamento de Comércio, responsável pela aprovação de tecnologia restrita, negue os pedidos de venda para o país asiático de qualquer chip de IA mais avançado que os atualmente permitidos pelos EUA., em um período de vigência de 30 meses.

Celular exibindo logomarca da Nvidia na tela na frente de outra tela exibindo bandeira dos Estados Unidos
Estados Unidos deseja manter a hegemonia da inteligência artificial
(Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

Controle de remessas para a China acontece desde 2022

Os EUA estão controlando as remessas da Nvidia para a China desde 2022, sob a alegação de preocupação de que a inteligência artificial avançada corre o risco de proporcionar uma vantagem militar à Pequim. 

Washington implementou diversas restrições. Inclusive, em abril, o governo Trump restringiu as remessas dos chips H2O da Nvidia, feitos especificamente para o mercado chinês, de acordo com limites anteriormente determinados pelo governo americano. 

Outra exigência dos EUA é que as empresas solicitem a permissão de Washington para realizar a venda de chips de IA avançada por aproximadamente 40 países. Isso porque há preocupações sobre o fato de as remessas para países como Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita possam acabar gerando benefícios a Pequim.

Matheus Chaves
Colaboração para o Olhar Digital

Matheus Chaves é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.