Veja fotos do vulcão extinto que entrou em erupção na Etiópia

Não há registro de vítimas
Vitoria Lopes Gomez26/11/2025 11h31
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Satélite registrou erupção do espaço (Imagem: União Europeia, imagens do satélite Copernicus Sentinel-5P)
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Conforme reportado pelo Olhar Digital, o vulcão Hayli Gubbi, na Etiópia, entrou em erupção pela primeira vez em milhares de ano no último domingo (23). Ele era considerado extinto.

Com a erupção, uma nuvem de cinzas de pelo 13 mil metros se estendeu no ar e chegou a países vizinhos.

Nuvem de fumaça passou dos 13 km de altura (Imagem: ©EUMETSAT [2025])

Vulcão que entrou em erupção era considerado extinto

O Hayli Gubbi entrou em erupção por volta das 5h30 (do horário de Brasília) no domingo (23). Por volta das 17h, a fase explosiva já havia terminado.

O vulcão fica na região de Afar, no norte da Etiópia, no encontro entre a placa tectônica Arábica e as placas Núbia e Somali, que compõem a placa Africana. Vale destacar que as placas Somali e Núbia estão se separando conforme o Vale do Rift Africano divide o continente em dois, gerando uma grande atividade vulcânica.

O Hayli Gubbi, no entanto, era considerado extinto. Isso porque não se tinha registro de erupção nos últimos 11.700 anos, desde o início da era Holoceno, que começou após o fim da última era do gelo. O site Live Science lembrou que, pela área onde o vulcão estar localizado ser pouco estudada, é possível que erupções anteriores só tivessem passado despercebidas.

Arianna Soldati, vulcanóloga da Universidade Estadual da Carolina do Norte, explicou à Scientific American que, enquanto existirem condições para a formação de magma, um vulcão ainda pode entrar em erupção, mesmo que não tenha tido nenhuma em 1 mil ou 10 mil anos.

Até então o vulcão tem provocado apenas abalos moderados na região de Afar (Imagem: rweisswald/Shutterstock)

Nuvem de fumaça se espalhou para países vizinhos

A erupção do Hayli Gubbi lançou uma nuvem de cinzas de pelo menos 13.700 metros de altura. Inicialmente, ela foi levada para o nordeste, cobrindo Iêmen e Omã. Já na segunda-feira (24), a nuvem continuou se espalhando pelo norte da Índia e chegou em partes da China.

O Centro de Alerta de Vulcões de Toulouse (VAAC) detectou a pluma vulcânica via satélite. Outras imagens da erupção foram detectadas do espaço.

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Nenhuma vítima foi registrada. As preocupações atuais são com o impacto nas plantações nas regiões afetadas, que podem deixar o gado sem comida.

Vitória Lopes Gomez é jornalista formada pela UNESP e redatora no Olhar Digital.