OMS reconhece potencial do Ozempic para tratar obesidade

Recomendações do medicamento pela OMS são “condicionais”, mas indicam virada na forma como a doença é tratada
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Layse Ventura 01/12/2025 18h41
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(Imagem: oleschwander/Shutterstock)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou novas diretrizes recomendando o uso de medicamentos com ação GLP-1 — como Ozempic, Mounjaro e Wegovy — no tratamento de longo prazo da obesidade em adultos.

A medida marca uma mudança importante na abordagem global à doença, que hoje afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.

Canetas dos medicamentos Ozempic Mounjaro e WeGovy
Diretrizes apontam uso de longo prazo dos medicamentos e reforçam combinação com mudanças de estilo de vida (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Recomendações “condicionais” e foco em tratamento combinado

  • De acordo com a OMS, as terapias com GLP-1 podem ser utilizadas por adultos, exceto gestantes, desde que associadas a intervenções comportamentais intensivas, como ajustes na alimentação, aumento da atividade física e acompanhamento contínuo.
  • As duas recomendações foram classificadas como “condicionais”, já que ainda há dados limitados sobre a segurança e eficácia a longo prazo dos medicamentos, além de custos elevados e impacto desigual no acesso.
  • O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a obesidade é um desafio global que exige cuidados constantes.
  • “Embora a medicação sozinha não resolva essa crise, os GLP-1 podem ajudar milhões de pessoas a superar a obesidade e reduzir seus danos”, disse.

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Uso é permitido para adultos, exceto gestantes, e marcado por cautela sobre efeitos de longo prazo (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Medicamentos marcam mudança na visão global sobre obesidade

Em artigo publicado no JAMA, especialistas da OMS destacam que os GLP-1 representam mais do que um avanço científico: sinalizam uma mudança no entendimento da obesidade, de “condição relacionada ao estilo de vida” para doença crônica complexa e tratável.

A organização também alertou para a necessidade de ampliar a fabricação e o acesso aos medicamentos. Mesmo com a expansão da produção, estima-se que menos de 10% das pessoas que poderiam se beneficiar dos GLP-1 terão acesso a eles até 2030.

A OMS reforça que os medicamentos devem integrar uma estratégia ampla de cuidados, que inclui orientação profissional, dietas equilibradas e atividade física regular.

OMS apoia GLP-1 em nova diretriz, mas faz algumas ressalvas – Imagem: oleschwander/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.