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O Banco Central colocou em operação o BC Protege+, serviço gratuito que permite a pessoas físicas e jurídicas informar ao Sistema Financeiro Nacional que não desejam a abertura de novas contas vinculadas ao seu CPF ou CNPJ. A ferramenta já está disponível e foi apresentada em evento no edifício-sede do BC, em Brasília.
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A medida surge em um cenário de aumento de golpes envolvendo o uso indevido de dados pessoais. Em outubro, a liquidação do Banco Master reacendeu o debate sobre a segurança do setor, enquanto levantamentos recentes mostram o impacto das fraudes no país. Segundo o Datafolha, cerca de um terço dos brasileiros foi vítima de algum tipo de golpe nos 12 meses até agosto.
Como funciona o BC Protege+
O BC Protege+ reúne mecanismos para impedir que instituições financeiras abram contas quando a proteção estiver ativada. O sistema marca a opção registrada pelo usuário em uma base de dados consultada obrigatoriamente pelos bancos antes de concluir a abertura de conta ou a inclusão de um titular ou representante.
Maria Clara Roriz Haag, do Departamento de Atendimento Institucional do BC, afirma que a iniciativa atende a uma demanda por mais controle: “O BC Protege+ vai ao encontro de uma demanda da sociedade e reforça o compromisso do BC em garantir mais segurança e transparência para os cidadãos.”
Quando a proteção está ativa, a instituição financeira é impedida de seguir com a abertura e deve informar ao cliente que o bloqueio está habilitado. Se o usuário quiser abrir uma conta, precisa desativar temporariamente o serviço — processo com efeito imediato no sistema.
O cidadão também pode acompanhar quais instituições consultaram seu CPF ou CNPJ e por qual motivo, acessando o histórico disponível na plataforma.
Quem pode usar e como ativar
Qualquer pessoa ou empresa pode ativar ou desativar o BC Protege+ a qualquer momento. O acesso é feito pela área logada do Meu BC, no site do Banco Central, com conta gov.br nível prata ou ouro e autenticação em duas etapas.
Para pessoas físicas, basta entrar no Meu BC e selecionar a opção “BC Protege+”. A proteção pode ser ativada diretamente na tela principal. Caso deseje desativá-la, o usuário escolhe por quanto tempo o bloqueio ficará suspenso, podendo definir uma data para reativação automática.
No caso de empresas, o acesso deve ser realizado por um sócio, representante ou colaborador cadastrado no módulo de empresas do gov.br. Todos os titulares e representantes precisam estar com seus CPFs desativados no sistema para que a empresa possa abrir uma nova conta.
Por que o BC acelerou a implementação
A crescente utilização de contas laranja e documentos falsificados tem sustentado golpes envolvendo Pix e esquemas financeiros. Em muitos casos, dados roubados ou furtados permitem que criminosos abram contas para receber valores desviados, dificultando o rastreamento.
Segundo a Serasa Experian, o país registrou quase 7 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025, alta de 29,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse cenário levou o BC a priorizar uma ferramenta que oferece uma camada adicional de proteção ao usuário e obriga as instituições financeiras a reforçarem a verificação de identidade.
Haag reforça que o novo sistema não substitui outras práticas de segurança adotadas pelos bancos: “A ativação não é automática e não exclui outras verificações. A jornada é simples e o serviço tem efeito imediato.”
Leia mais:
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O que o serviço cobre
O BC Protege+ se aplica à abertura de contas de depósito à vista, poupança e contas de pagamento pré-pagas, além da inclusão do usuário como titular ou representante. A proteção vale inclusive para novas contas abertas na mesma instituição em que o cliente já possui relacionamento.
As instituições financeiras devem tratar os dados exclusivamente para a finalidade prevista, respeitando regras de segurança, processamento e eliminação conforme a legislação vigente.
Para mais detalhes, o usuário pode consultar a página oficial do BC Protege+ no site do Banco Central.
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