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Azeite adulterado, café falsificado e outros alimentos irregulares voltaram ao centro das discussões de saúde pública no Brasil em 2025. Alertas da Anvisa e de órgãos de vigilância sanitária mostram que itens comuns na mesa das famílias, como molhos prontos, conservas e misturas para café, podem esconder riscos à saúde quando não seguem as normas. Em muitos casos, o problema só é descoberto após análises laboratoriais, o que reforça a importância de atenção redobrada na hora da compra e do uso correto desses produtos em casa.
Qual é o risco do azeite adulterado e do café falso
O azeite de oliva e o café em pó são dois dos itens mais visados por fraudadores, principalmente por terem alto valor e grande consumo no país. No caso do azeite adulterado, é comum a mistura com óleos mais baratos, como óleo de soja ou de girassol, sem essa informação no rótulo, o que engana o consumidor e pode causar reações em pessoas sensíveis.
O café falso costuma envolver misturas com cascas, grãos defeituosos, milho, cevada ou outras matérias-primas, às vezes torradas até se tornarem irreconhecíveis. Quando o produto não segue os padrões da legislação, o problema deixa de ser só de qualidade e passa a ser de segurança, com risco de fungos, impurezas ou resíduos acima dos limites permitidos.

Como evitar alimentos irregulares no dia a dia
Evitar alimentos irregulares começa por uma rotina simples de checagem antes da compra e do consumo. Esses cuidados valem não só para azeite e café, mas também para molhos, conservas, temperos, doces, bebidas e outros alimentos industrializados, incluindo produtos comprados em feiras ou pela internet.
Algumas medidas práticas recomendadas por especialistas e órgãos de vigilância incluem cuidados fáceis de aplicar no supermercado ou na mercearia do bairro. A lista abaixo traz atitudes que ajudam a reduzir o risco de levar para casa alimentos proibidos ou com sinais de fraude.
- Verificar a validade e a integridade da embalagem, evitando latas amassadas, tampas estufadas ou frascos com vazamento.
- Checar o rótulo: presença de CNPJ, endereço do fabricante, registro no órgão competente e informações de contato.
- Observar o lote e a data de fabricação, dados essenciais para conferir eventuais alertas da Anvisa.
- Desconfiar de preços muito abaixo da média, especialmente em azeites “extra virgens” e cafés “gourmet”.
- Dar preferência a locais de confiança, como supermercados e empórios que seguem normas de armazenamento.
Como saber se um alimento foi proibido pela Anvisa
Uma dúvida comum é como confirmar se um alimento teve o lote interditado ou foi alvo de alerta sanitário. A principal fonte é o site da Anvisa, que publica resoluções, notas e comunicados sobre interdições, recolhimentos voluntários e proibições, sempre com nome do produto, marca, fabricante, lote e motivo da medida.
Para facilitar a consulta, é possível seguir um passo a passo sempre que surgir suspeita sobre algum item comprado ou visto em promoção. Além da Anvisa, o Ministério da Agricultura e órgãos locais também divulgam resultados de fiscalizações, o que ajuda a identificar problemas com cafés, azeites, conservas e produtos artesanais.
- Anotar nome exato, marca e lote do produto, conforme aparece no rótulo.
- Acessar a área de consultas ou de alertas sanitários no site da Anvisa.
- Pesquisar pelo nome do alimento ou pelo CNPJ da empresa.
- Conferir se existem resoluções de proibição, suspensão ou recolhimento envolvendo aquele lote.
- Em caso de dúvida, entrar em contato com o serviço de atendimento ao consumidor da marca ou com a vigilância sanitária local.

Quais sinais de alerta observar no supermercado
Ofertas muito vantajosas, especialmente em produtos importados ou considerados premium, podem representar economia, mas exigem cuidado redobrado. A combinação de preço muito baixo, marca pouco conhecida e rótulo pobre em informações costuma ser um sinal de alerta e merece atenção antes da compra.
Alguns indícios ajudam o consumidor a desconfiar de possíveis fraudes ou problemas de armazenamento. Ao notar qualquer um desses sinais, a orientação é evitar o consumo, guardar a nota fiscal, registrar imagens da embalagem e acionar os canais de denúncia da vigilância sanitária do município ou do estado.
- Promoções agressivas em produtos que normalmente são caros, sem motivo aparente.
- Rótulos com erros de ortografia, impressão borrada ou informações incompletas.
- Ausência de dados de contato do fabricante ou importador.
- Produtos expostos fora da temperatura adequada, principalmente molhos, conservas e alimentos refrigerados.
Abaixo um vídeo do canal jacinatural no TikTok, ensinando como verificar se o azeite é verdadeiro ou adulterado por meio de um teste simples em casa.
Quais cuidados manter após a compra em casa
O controle não termina na hora da compra, pois o armazenamento inadequado em casa também pode comprometer a segurança. Manter azeites, molhos e conservas longe de calor e luz intensa ajuda a preservar a qualidade, enquanto cafés devem ser guardados em embalagens bem fechadas, em local seco e protegido de odores fortes.
O consumidor tem papel importante ao relatar problemas, como sabor estranho, cheiro fora do padrão, corpos estranhos ou mudança brusca de cor. Reclamações feitas a canais como Procon, Anvisa e ouvidorias municipais ajudam a direcionar fiscalizações e contribuem para reduzir o risco de azeite adulterado, café falso e outros produtos irregulares na mesa das famílias brasileiras.