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A Amazon pode estar perto de romper uma das relações comerciais mais antigas de sua história. Após mais de 30 anos de parceria, a empresa estaria avaliando abandonar o acordo de entregas com o United States Postal Service (USPS) caso as negociações atuais não avancem. As informações foram divulgadas pelo The Washington Post, que cita fontes anônimas familiarizadas com o processo.
Segundo o jornal, as conversas entre a Amazon e o atual diretor-geral dos “Correios” norte-americanos, David Steiner, estariam travadas. Enquanto a Amazon buscava renovar o contrato vigente — com término previsto para 1º de outubro de 2026 —, o USPS teria decidido abrir concorrências para distribuição de entregas na etapa “last-mile”.
Em nota enviada ao The Verge, o porta-voz da Amazon, Steve Kelly, afirmou que a companhia continua tentando encontrar formas de ampliar a parceria e espera uma resposta do USPS “em breve”.

Impasse coloca futuro da parceria em risco
Apesar de não ser a opção desejada pela empresa, a possibilidade de cortar laços com o USPS passou a ser considerada após quase um ano de negociações sem avanço. Kelly explicou que a Amazon foi “surpreendida” pela intenção do USPS de realizar um leilão para os contratos de última milha, o que adicionou incertezas à operação logística da companhia.
A Amazon destaca que o USPS foi seu “primeiro e mais antigo parceiro comercial” e que apenas em 2025 representou US$ 6 bilhões da receita do serviço postal — cerca de 7,5% do total.
Crescimento da rede própria de entregas da Amazon
Caso o acordo realmente chegue ao fim, a Amazon deve expandir seu próprio sistema logístico, que já rivaliza com o do USPS em volume. Dados da Pitney Bowes mostram que:
- Em 2024, a Amazon entregou 6,3 bilhões de pacotes;
- No mesmo ano, o USPS registrou 6,9 bilhões;
- Até 2028, a estimativa é de que a Amazon ultrapasse o USPS, atingindo 8,4 bilhões de pacotes enviados — contra 8,3 bilhões do serviço postal.

Kelly reforçou que a empresa ainda busca manter a parceria, mas está avaliando “todas as opções” para garantir a continuidade das entregas aos clientes caso a ruptura se confirme.
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