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A plataforma X (ex-Twitter) suspendeu a veiculação de anúncios da Comissão Europeia poucos dias depois de o órgão ter aplicado uma multa de € 120 milhões ao serviço de Elon Musk, alegando que o sistema de selos azuis do site é enganoso.
A decisão desencadeou uma nova rodada de tensões entre a empresa e reguladores europeus.
Acusações de exploração e disputa pública
- Nikita Bier, executivo do X, acusou a Comissão de explorar uma “brecha” no sistema de publicidade para promover a publicação sobre a multa aplicada na última sexta-feira.
- Segundo ele, o órgão teria utilizado um recurso pouco conhecido para ampliar artificialmente o alcance do anúncio.
- “Parece que vocês acreditam que as regras não se aplicam à sua conta”, afirmou Bier, ao anunciar o bloqueio da conta de anúncios da Comissão.
- A Comissão Europeia negou as acusações, dizendo à BBC que utiliza as ferramentas disponíveis em todas as plataformas “de boa-fé”.
- A multa contra o X — a primeira emitida sob a Lei de Serviços Digitais da UE — aponta que os selos azuis da rede são “enganosos” e expõem usuários a golpes devido à falta de verificação significativa.
- O órgão também critica a falta de transparência em anúncios e o acesso limitado a dados públicos para pesquisadores.
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Escalada internacional
Após a decisão, Elon Musk publicou que a União Europeia “deveria ser abolida” e compartilhou postagens comparando o bloco ao fascismo. A reação também repercutiu nos EUA: o senador Marco Rubio e a FCC acusaram a UE de censurar empresas americanas.
Não é a primeira disputa da X com reguladores. Em 2024, a empresa enfrentou penalidades no Brasil e, no ano anterior, multas na Austrália por não cooperar em investigações de segurança online.
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