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O mercado financeiro começa a reposicionar suas apostas em inteligência artificial, e a mudança de humor envolve diretamente a OpenAI. A empresa, antes considerada líder absoluta do setor, agora enfrenta ceticismo crescente sobre sua capacidade de inovar, manter ritmo competitivo e sustentar custos bilionários. Enquanto isso, a Alphabet, dona do Google, desponta como a nova referência em solidez e alcance tecnológico. As informações são da Fortune.
Relatórios recentes apontam que a OpenAI deixou de ser vista como o “salvador” da bolsa. O entusiasmo por empresas conectadas ao ecossistema da companhia — como Oracle, CoreWeave, AMD, Nvidia, Microsoft e SoftBank — diminuiu à medida que investidores questionam a viabilidade financeira da empresa que criou o ChatGPT.
Alphabet ganha protagonismo com avanço do Gemini
O lançamento mais recente do modelo Gemini, da Alphabet, recebeu avaliações positivas e acelerou uma virada no mercado. O movimento ocorreu poucos meses após a OpenAI apresentar o GPT-5, cuja recepção foi considerada morna. Diante disso, Sam Altman declarou uma operação de “código vermelho” para aprimorar o ChatGPT, suspendendo projetos paralelos.
A vantagem da Alphabet vai além do modelo Gemini. A empresa dispõe de uma robusta infraestrutura financeira e tecnológica, com operações em hardware, nuvem, semicondutores e plataformas consolidadas como YouTube e Waymo. Esse conjunto fortalece a percepção de que a gigante possui os elementos necessários para liderar a próxima fase da IA.
Entre os destaques ligados à Alphabet estão empresas que ganharam impulso em 2025:
- Lumentum: ações triplicaram com fornecimento de componentes ópticos
- Celestica: crescimento acima de 250% com hardware para IA
- Broadcom: valorização de 68% ao produzir chips TPU para o Google
Pressões sobre a OpenAI aumentam entre custos e críticas
A fragilidade da OpenAI se intensificou com a divulgação de acordos ambiciosos que exigem investimentos massivos. Analistas afirmam que, embora essas parcerias tenham sido celebradas inicialmente, o mercado agora avalia com cautela a capacidade da empresa de financiá-las.
Os investidores também reagiram negativamente a episódios recentes envolvendo a liderança da OpenAI. Declarações polêmicas da diretoria e projeções de gastos muito superiores à receita prevista — um déficit estimado em US$ 207 bilhões até 2033 — elevaram a preocupação.
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Apesar das incertezas, analistas lembram que empresas associadas à OpenAI, como AMD e Oracle, não dependem exclusivamente dela e podem se beneficiar da alta demanda por infraestrutura de IA. Para alguns especialistas, o momento pode até representar oportunidade, já que ações ligadas ao ecossistema do ChatGPT estão mais baratas pela primeira vez desde 2016.
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