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Os Estados Unidos vão permitir que a Nvidia exporte seus chips de inteligência artificial H200 para “clientes aprovados” na China e em outros mercados, segundo anúncio do presidente Donald Trump nesta segunda-feira (08).
A medida, publicada no Truth Social, ocorre após meses de tensão comercial e de restrições rígidas impostas ao setor de semicondutores.
Trump afirmou que o presidente chinês, Xi Jinping, “respondeu positivamente” à proposta e que o acordo inclui o repasse de 25% das vendas dos chips ao governo americano, algo que, segundo ele, preserva a “forte segurança nacional” do país.

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Indústria apoia medida e ações oscilam no mercado
- A Nvidia e sua concorrente AMD já haviam concordado, em agosto, em compartilhar 15% da receita das vendas de chips para a China com Washington.
- A notícia da flexibilização impulsionou as ações da Nvidia no início do pregão desta segunda-feira, embora os ganhos tenham diminuído ao longo do dia. Após o fechamento, os papéis registraram alta de aproximadamente 1%.
- Em comunicado à CNBC, a Nvidia apoiou a decisão da Casa Branca. A empresa afirmou que a liberação do H200 para clientes “avaliados e aprovados” pelo Departamento de Comércio representa um “equilíbrio ponderado”, importante para manter empregos e produção nos EUA.

Tensões comerciais seguem pesando no setor
Os semicondutores continuam no centro da disputa tecnológica entre Washington e Pequim. O setor já esteve envolvido em sucessivas retaliações comerciais, desde tarifas americanas até controles de exportação chineses sobre minerais estratégicos.
A trégua provisória firmada entre Trump e Xi em outubro abriu espaço para renegociações. Ainda assim, o ambiente permanece volátil: em agosto, Pequim alertou empresas locais a evitarem o chip H20, criado pela Nvidia para o mercado chinês. A Nvidia não comentou o assunto até o momento.
