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A Ford recorrerá à Renault para tentar reverter anos de perdas e recuperar competitividade na Europa, em meio à pressão crescente das montadoras chinesas na região.
O acordo, anunciado para a imprensa em Paris, prevê que a francesa produzirá dois novos modelos elétricos compactos para a montadora americana, com o primeiro chegando ao mercado europeu em 2028.
Pressão chinesa acelera alianças no setor
- Segundo o CEO da Ford, Jim Farley, a aliança reflete a urgência do momento.
- “Estamos lutando pela sobrevivência na indústria, e não há exemplo melhor disso do que a Europa”, afirmou.
- Os veículos serão projetados pela Ford, desenvolvidos em conjunto em uma plataforma da Renault e produzidos no norte da França.
- As empresas também avaliam cooperar no segmento de vans, área considerada essencial para a presença da Ford na região.
A movimentação ocorre enquanto marcas chinesas — como BYD e SAIC — avançam rapidamente com tecnologia de menor custo. A participação delas já chega a 6,7% no mercado europeu, segundo a Schmidt Automotive Research.
Farley admitiu que a plataforma elétrica da Ford, pensada para os EUA, não é competitiva para a Europa. “Francamente, a Renault é mais competitiva”, disse.
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Um recomeço após anos de perdas
O acordo marca um novo capítulo após sucessivas reestruturações, queda de participação e prejuízos com veículos elétricos. A fatia da Ford no mercado europeu caiu de 7,2% em 2015 para 3,3% este ano.
A empresa cortou milhares de empregos, reduziu modelos menos lucrativos e tenta se concentrar em segmentos onde acredita ter vantagem.
Com novos produtos previstos para 2028 e sob a liderança recém-nomeada de Jim Baumbick, a Ford espera recuperar fôlego. “Estou aqui para investir e fazer a empresa voltar a respirar na Europa”, afirmou.
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