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A Eve Air Mobility confirmou um novo financiamento de US$ 40 milhões do BNDES para a próxima etapa de desenvolvimento do seu eVTOL, aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical que a empresa pretende certificar no Brasil. O projeto, conduzido pela subsidiária da Embraer, é apontado como um dos candidatos a se tornar o primeiro “carro voador” produzido no país.
O anúncio ocorreu durante a cerimônia de toque de campainha na B3, em São Paulo, que marcou a entrada da Eve na Bolsa brasileira. A movimentação se soma à listagem já existente na NYSE desde 2022 e reforça a estratégia da companhia de ampliar visibilidade e atrair novos investidores.
Crédito impulsiona fase crítica do projeto
O novo aporte permitirá acelerar a parte mais sensível do programa: a integração e operação do sistema de propulsão elétrica do primeiro protótipo voltado à certificação. Essa etapa inclui também a preparação da campanha de testes necessária para obter o certificado de tipo emitido pela ANAC.
Segundo a empresa, o financiamento é dividido em dois subcréditos: cerca de US$ 32 milhões via Fundo Clima na modalidade Indústria Verde e aproximadamente US$ 8 milhões por meio da linha FINEM – Inovação, com captação em moeda estrangeira. O prazo da operação pode chegar a 15 anos, o que sustenta financeiramente a fase final do desenvolvimento.
Em declaração divulgada pela Eve, Eduardo Couto, CFO da companhia, afirmou que o financiamento “acelera a fase crítica de integração do sistema de propulsão elétrica”, essencial para garantir desempenho e segurança do eVTOL. Em outro pronunciamento, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, classificou o projeto como uma “inovação disruptiva” para a mobilidade aérea urbana, com potencial de reduzir significativamente as emissões em comparação a helicópteros e automóveis.
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Parceria aprofundada entre Eve, Embraer e BNDES
A cerimônia na B3 reuniu executivos da Eve, da Embraer e do BNDES, reforçando a articulação entre as instituições. Desde 2022, o banco já destinou mais de US$ 240 milhões ao programa do eVTOL, o que vem garantindo o ritmo de desenvolvimento necessário para chegar à certificação.
A listagem da empresa na Bolsa brasileira, concluída em agosto, integra o plano de diversificar a base de investidores e ampliar o capital disponível para a etapa final antes da operação comercial. Com o novo financiamento, a Eve busca avançar na consolidação do que pode se tornar o primeiro eVTOL certificável produzido no país.
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