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De acordo com a CNBC, em resposta à reportagem recente do veículo especializado The Information, a Nvidia afirmou que não recebeu “dicas ou evidências confiáveis” de centros de dados “fantasmas” — ou de qualquer operação de desmontagem e reenvio de componentes que pudesse confirmar o esquema de contrabando de chips Blackwell para a DeepSeek.
A empresa considerou as alegações improváveis, mas assegurou que investiga todas as denúncias que recebe.
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Entenda a acusação

Conforme reportagem recente do veículo especializado The Information, a DeepSeek estaria desenvolvendo um novo sistema de IA usando diversos chips Blackwell da Nvidia — modelo de alta performance proibido de ser exportado para a China.
Segundo a investigação, os chips teriam sido enviados legalmente a data centers em países permitidos, instalados em servidores, desmontados e reembarcados em partes até chegar à China, configurando um suposto contrabando.
Esse suposto acesso aos chips daria a DeepSeek uma vantagem competitiva significativa: hardware topo de linha em um mercado em que exportações de tecnologia avançada à China estão proibidas.
Contexto regulatório e inovações da DeepSeek

A controvérsia acontece em um contexto global de restrições de exportação de tecnologia de ponta para a China — uma estratégia dos EUA para preservar vantagem competitiva no campo da inteligência artificial. Chips como o Blackwell foram vetados para comercialização direta com empresas chinesas.
Ainda assim, a DeepSeek despontou em 2025 com modelos de IA de baixo custo e alto desempenho, desafiando rivais ocidentais e atraindo atenção internacional. Isso gerou preocupação no mercado de tecnologia dos EUA — já que o seu sucesso coloca em xeque o domínio tradicional das empresas americanas.
Vale destacar que recentemente o presidente dos EUA, Donald Trump, liberou a exportação de um chip específico da Nvidia para a China, o H200, desde que o país americano receba 25% das vendas.