Atenção, usuários de Mac! Novo golpe começa com uma simples busca no Google

Cibercriminosos estão manipulando resultados de busca para que vítimas executem comandos que instalam o roubo de dados no macOS
Por Matheus Chaves, editado por Bruno Capozzi 11/12/2025 12h47
Mac
O principal alvo dos ataque são pessoas que utilizam computadores Mac (Imagem: Samuel Angor / Unsplash)
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De acordo com dados de um relatório recente da Huntress, empresa especializada em detecção e resposta a ameaças, há um novo método de ataque voltado a donos de computadores Mac, no qual criminosos conseguem levar usuários a copiar e colar um comando no Terminal do macOS que, em vez de liberar espaço no disco, instala um software malicioso chamado AMOS. O programa tem capacidade de coletar credenciais do iCloud, arquivos pessoais e informações de cartões de crédito.

O ataque começa quando a pessoa faz buscas por termos comuns como “limpar espaço no Mac” ou “como liberar armazenamento no macOS” no Google. O mecanismo de pesquisa então apresenta, no topo dos resultados, links patrocinados que direcionam para uma conversa pública com um modelo de inteligência artificial — seja o ChatGPT ou o Grok — que inclui o comando malicioso disfarçado de “solução segura”.

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Ilustração de malware
É importante estar muito atento para não ser enganado por esse tipo de golpe (Imagem: janews / Shutterstock.com)

Os responsáveis pela ameaça conseguiram colocar os links em destaque na busca do Google, deixando-os acima dos resultados orgânicos. Em tais interações públicas, os comandos para Terminal aparecem passo a passo, com linguagem aparentemente confiável, incentivando o usuário a acreditar que aquele procedimento é legítimo para manutenção do sistema.

A vítima, ao seguir as instruções e colar o comando sugerido no Terminal, acaba executando uma cadeia oculta de instruções que baixa e ativa silenciosamente o software de roubo de dados no dispositivo, sem alertas de segurança ou bloqueios pelo macOS.

malware
Embora o ataque use tecnologia moderna como IA para atrair vítimas, a prevenção ainda passa pelo senso crítico básico: evitar seguir instruções técnicas de fontes não verificadas e não inserir comandos no Terminal com base em conteúdos encontrados em busca paga ou respostas de chatbots sem validação.(Imagem: HAKINMHAN/iStock)

Implicações do ataque

Uma vez acionado, o malware instalado pode obter acesso a informações sensíveis armazenadas no sistema da vítima, incluindo credenciais de contas e detalhes financeiros. A técnica é especialmente perigosa porque explora a confiança que muitos usuários depositam em respostas de ferramentas de IA e em listings superiores dos mecanismos de busca.

Matheus Chaves
Colaboração para o Olhar Digital

Matheus Chaves é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.