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A OpenAI informou seus funcionários na semana passada que vai encerrar uma política de remuneração que exigia um período mínimo de seis meses de trabalho antes que novos contratados tivessem direito às ações da empresa. As informações são do Wall Street Journal.
A mudança, anunciada internamente pela chefe de aplicações Fidji Simo, busca tornar a empresa mais atraente em um mercado cada vez mais disputado por talentos em inteligência artificial.
Segundo pessoas familiarizadas com o tema, a decisão pretende reduzir o receio de novos funcionários de assumirem riscos e acabarem desligados antes de acessar sua primeira parcela de ações.
Em abril, a OpenAI já havia reduzido o chamado “período de carência” de 12 meses — padrão na indústria — para seis meses. Agora, a empresa optou por eliminar essa exigência.
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Guerra por talentos na IA
- A flexibilização reflete a intensa competição entre empresas de IA por pesquisadores e engenheiros de alto nível.
- Rivais como Meta, Google e Anthropic têm oferecido pacotes de remuneração que podem chegar a US$ 100 milhões, o que deu aos profissionais maior poder de barganha e facilitou saídas rápidas de cargos que não atendem às expectativas.
- Nesse contexto, a OpenAI passou a distribuir mais remuneração baseada em ações do que muitas empresas de tecnologia.
- Documentos financeiros enviados a investidores indicam que a companhia espera gastar cerca de US$ 6 bilhões com esse tipo de compensação neste ano, quase metade de sua receita projetada.
- Investidores, porém, têm criticado o impacto desse modelo sobre os retornos aos acionistas.
Concorrência e desafios internos
A rival xAI, de Elon Musk, também reduziu discretamente seu período de carência no terceiro trimestre, segundo fontes do setor, após enfrentar dificuldades no recrutamento.
A empresa lida com desafios de reputação, alta rotatividade de executivos e controvérsias envolvendo decisões de produto e posicionamentos políticos de Musk.
Desde a mudança, recrutadores afirmam que a taxa de aceitação de ofertas da xAI melhorou. Para especialistas em remuneração, o movimento sinaliza uma tendência clara: em um mercado aquecido, até regras tradicionais estão sendo revistas para atrair e reter talentos estratégicos.
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