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A Disney revelou que seu acordo de licenciamento com a OpenAI, anunciado recentemente, terá duração de três anos, mas contará com apenas um ano de exclusividade.
A informação foi confirmada pelo CEO da empresa, Bob Iger, em entrevista à CNBC. Após esse período inicial, a Disney poderá firmar parcerias semelhantes com outras companhias de inteligência artificial.
O acordo permite que a OpenAI utilize mais de 200 personagens de franquias como Disney, Marvel, Pixar e Star Wars no Sora, ferramenta de geração de vídeos por IA lançada em setembro.
Por enquanto, o Sora é a única plataforma autorizada legalmente a empregar esses personagens, o que representa um trunfo relevante para a OpenAI em um mercado cada vez mais competitivo.

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Teste controlado da IA generativa
- Para a Disney, a parceria funciona como um experimento cuidadosamente calculado.
- Ao limitar a exclusividade, a empresa preserva sua flexibilidade estratégica e avalia, na prática, como a IA generativa pode interagir com sua vasta propriedade intelectual.
- “Sempre acreditamos que, se a disrupção vai acontecer, devemos fazer parte dela”, afirmou Iger, ao defender a decisão.
- A postura cautelosa ficou evidente no mesmo dia em que o acordo foi anunciado, quando a Disney também enviou uma notificação extrajudicial ao Google, acusando a empresa de violação de direitos autorais — um sinal de que a companhia pretende proteger rigidamente seus ativos criativos.

Diretrizes e direitos autorais
Segundo Iger, o acordo não ameaça criadores nem artistas, já que vozes, nomes e imagens de intérpretes não fazem parte do licenciamento. O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que haverá diretrizes claras sobre como os personagens poderão ser usados, com a Disney mantendo controle contínuo sobre essas regras.
A estratégia reflete o desafio das grandes empresas de mídia: explorar o potencial da IA sem perder o controle sobre suas marcas mais valiosas.
