Como as tartarugas marinhas usam o campo magnético da Terra para voltar ao mesmo lugar?

Tartarugas marinhas atravessam oceanos e retornam à praia natal usando um mecanismo invisível da natureza. A ciência explica!
Por Roberta Patriota, editado por Lucas Soares 16/12/2025 11h00
Como as tartarugas marinhas usam o campo magnético da Terra para voltar ao mesmo lugar?
O mais fascinante é que elas fazem isso sem pontos de referência visuais - (Imagem gerada por inteligência artificial-GPT/Olhar Digital)
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As tartarugas marinhas fazem algo que parece truque de filme de ficção científica: atravessam oceanos inteiros e, anos depois, voltam exatamente para a mesma praia onde nasceram. Não é GPS, nem sorte. É ciência pura e uma das mais incríveis da natureza. Pesquisas do NOAA (Administração Nacional Oceânica Atmosférica) explica como elas usam um campo magnético para guiar-se pelo oceano.

Como as tartarugas marinhas conseguem voltar exatamente para a praia onde nasceram?

Um estudo do NOAA (Administração Nacional Oceânica Atmosférica) descreve como investigadores como Putman mostraram que muitas espécies marinhas, incluindo tartarugas, usam o campo magnético da Terra como um “mapa” natural para movimentos migratórios. Desde filhotinhas, as tartarugas já “gravam” informações invisíveis do planeta. Mesmo após nadarem milhares de quilômetros por mares abertos, elas retornam ao ponto de origem com uma precisão impressionante. Esse talento transforma as tartarugas em verdadeiras navegadoras naturais.

O mais fascinante é que elas fazem isso sem pontos de referência visuais. No meio do oceano, onde tudo parece igual, essas viajantes usam um mapa que a maioria de nós nunca percebe: o campo magnético da Terra.

Como as tartarugas marinhas usam o campo magnético da Terra para voltar ao mesmo lugar?
O mais fascinante é que elas fazem isso sem pontos de referência visuais – (Imagem gerada por inteligência artificial-GPT/Olhar Digital)

O que a ciência já descobriu sobre a relação das tartarugas com o campo magnético da Terra?

Pesquisas conduzidas por universidades como a da Carolina do Norte e estudos publicados em revistas científicas mostram que as tartarugas possuem magnetorrecepção. Isso significa que elas conseguem sentir variações do campo magnético terrestre.

Cada região do planeta tem uma “assinatura magnética” própria. As tartarugas usam essas diferenças como coordenadas naturais, criando um tipo de mapa interno que guia suas longas viagens pelo oceano.

Confira mais informações sobre o assunto no vídeo do canal Ciência em Forma no YouTube:

Onde esse tipo de navegação magnética aparece no mundo real?

Esse fenômeno não é exclusivo das tartarugas. Ele acontece o tempo todo na natureza, mesmo sem a gente perceber. A diferença é que poucos animais usam esse recurso com tanta precisão.

Pássaros migratórios, algumas espécies de peixes e até insetos como borboletas também se orientam usando o magnetismo da Terra. É como se o planeta fosse um enorme sistema de sinalização invisível funcionando 24 horas por dia.

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Quais curiosidades surpreendentes envolvem essa habilidade das tartarugas marinhas?

Entender esse “GPS natural” revela detalhes que deixam qualquer curioso de queixo caído. Antes de listar alguns fatos, vale saber que essas descobertas ajudam a explicar por que mudanças ambientais podem confundir os animais.

  • Tartarugas jovens memorizam o campo magnético da praia natal logo nos primeiros dias de vida
  • Pequenas alterações magnéticas já são suficientes para desorientar o caminho delas
  • Algumas espécies ajustam a rota conforme mudanças naturais no campo magnético ao longo dos anos
  • Esse mapa magnético funciona mesmo no escuro total ou em águas profundas
Como as tartarugas marinhas usam o campo magnético da Terra para voltar ao mesmo lugar?
O mais fascinante é que elas fazem isso sem pontos de referência visuais – (Imagem gerada por inteligência artificial-GPT/Olhar Digital)

Por que essa descoberta é tão importante para a ciência e para o planeta?

Compreender como as tartarugas usam o campo magnético ajuda cientistas a proteger rotas migratórias e áreas de reprodução. Também abre portas para pesquisas sobre navegação biológica e até inspiração para novas tecnologias. Além disso, esse conhecimento reforça como o equilíbrio do planeta importa. Alterações causadas por atividade humana podem interferir em sinais naturais essenciais para a sobrevivência de várias espécies.

A ciência mostra que o mundo é cheio de mecanismos invisíveis, inteligentes e surpreendentes. As tartarugas marinhas são só um lembrete elegante de que a natureza sempre esteve muitos passos à frente basta a gente parar e prestar atenção.

Colaboração para o Olhar Digital

Roberta Patriota é colaborador no Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.