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A Trump Media, empresa responsável pela rede social Truth Social, anunciou uma fusão inesperada com a TAE Technologies, companhia de energia de fusão nuclear apoiada por gigantes como Google e Chevron.
Avaliado em cerca de US$ 6 bilhões, segundo o Financial Times, o acordo levanta dúvidas sobre a lógica estratégica por trás da união entre uma plataforma de mídia social politicamente carregada e uma empresa de tecnologia energética altamente especializada.
De acordo com um comunicado conjunto, a nova empresa teria como objetivo construir a “primeira usina de energia de fusão em escala comercial do mundo” — uma promessa ambiciosa, considerando que a fusão nuclear ainda não é uma realidade comercial em nenhum país.
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Uma parceria improvável
- A TAE Technologies atua desde os anos 1990 no desenvolvimento de reatores de fusão e conquistou respaldo técnico e financeiro no Vale do Silício.
- Já a Trump Media enfrenta dificuldades financeiras: a empresa registrou prejuízo de US$ 55 milhões no último trimestre e depende fortemente da visibilidade política de Donald Trump.
- Ainda assim, o comunicado afirma que a Trump Media garantirá à TAE acesso a “capital significativo”, incluindo um aporte estimado em US$ 300 milhões — valor cuja origem não foi esclarecida e que representa mais de 10% do valor de mercado da empresa.
Capital, influência e ceticismo
O acordo é estruturado integralmente em ações, o que ajuda a explicar a forte valorização dos papéis da Trump Media após o anúncio. Trump transferiu sua participação para um fundo fiduciário controlado por seu filho, Donald Trump Jr., embora continue como beneficiário final.
Analistas também apontam a possibilidade de que a parceria facilite o acesso a subsídios federais, empréstimos públicos e licenças regulatórias — um cenário politicamente sensível e juridicamente complexo.
Enquanto o CEO da TAE, Michl Binderbauer, afirmou que uma usina comercial poderia ficar pronta em cerca de cinco anos, muitos especialistas estimam que esse horizonte esteja mais próximo de três décadas, reforçando o ceticismo em torno do anúncio.
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