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O ano de 2025 seria, para muitos, um marco para o mercado dos carros autônomos. Na China, por exemplo, diversas montadoras iniciaram o ano com otimismo, planejando uma produção em massa destes veículos.
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Esse cenário, no entanto, não se concretizou. Os órgãos reguladores do país só autorizaram o início da venda destes produtos nos últimos dias, e com uma série de restrições. Uma postura cautelosa e motivada por um acidente fatal.

Restrições visam aumentar segurança das operações
- O Ministério da Indústria e da Tecnologia da Informação da China liberou o Beijing Automotive Group e a Changan Automobile a operar táxis autônomos em três trechos de rodovia em cada cidade-sede das empresas.
- Os veículos, no entanto, não poderão mudar de faixa enquanto estiverem sob controle do computador.
- Em qualquer outra via, eles só poderão circular sob o comando de um motorista humano.
- As autoridades chinesas reconhecem que as restrições são um duro golpe para o plano estabelecido pelo país há quase cinco anos.
- Na oportunidade, foi colocada como meta iniciar a produção em massa dos veículos autônomos para venda ao público em geral até o fim deste ano.
- Por outro lado, Pequim destaca que a medida é necessária para garantir uma maior segurança do serviço, e que representa uma pausa e não uma interrupção no avanço da tecnologia.
- As informações são do The New York Times.
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Acidente gerou dúvidas sobre os carros autônomos
A mudança de postura foi motivada por um acidente com um Xiaomi SU7, no fim do mês de março deste ano, que matou três mulheres, todas estudantes universitárias. O caso levantou dúvidas sobre se motoristas ou montadoras poderiam ser responsabilizados legalmente.
Segundo a Xiaomi, o carro estava a cerca de 116 km/h em modo de direção assistida quando detectou que sua faixa havia sido fechada por causa de obras. O veículo emitiu um aviso sonoro: “Por favor, esteja atento a obstáculos à frente”. O motorista assumiu o controle do veículo, que colidiu um segundo depois contra uma barreira de concreto.

A repercussão foi tanta que o Ministério da Segurança Pública da China precisou divulgar um comunicado alertando que a tecnologia de direção assistida disponível em carros produzidos em massa na China não é a mesma coisa que a condução totalmente automatizada. Também advertiu os motoristas contra conversas que possam distraí-los.