Estudos mostram que ouvir música clássica melhora a memória

Segundo a ciência, ouvir música clássica ativa áreas do cérebro ligadas à memória e ao aprendizado. Entenda por que ela funciona tão bem
Por Roberta Patriota, editado por Bruno Capozzi 26/12/2025 06h37
Estudos mostram que ouvir música clássica melhora a memória
A música clássica estimula áreas do cérebro ligadas à atenção e ao processamento de informações - (Imagem gerada por inteligência artificial-GPT/Olhar Digital)
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Ouvir música clássica pode parecer hábito de filmes antigos, mas evidências científicas recentes mostram que ela pode ser uma aliada real do cérebro — especialmente da memória. Pesquisas conduzidas por cientistas alemães e revisões internacionais indicam que a música exerce efeitos diretos sobre a atividade neural, favorecendo o aprendizado e o desempenho cognitivo.

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O que a ciência descobriu sobre música e cérebro?

Estudos apontam que a música clássica ajuda a sincronizar a atividade dos neurônios, criando um ambiente cerebral mais organizado e eficiente. Essa sincronização favorece a consolidação da memória, melhora a atenção e contribui para um melhor funcionamento cognitivo geral.

Uma revisão científica publicada em 2025 analisou os mecanismos moleculares envolvidos nas intervenções musicais e demonstrou que ouvir música pode induzir neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de reorganizar suas conexões.

O estudo mostra que a música ativa vias neurais ligadas à formação de memórias, ao aprendizado e à adaptação cognitiva, reunindo evidências sólidas de pesquisas anteriores.

Estudo alemão mostra que ouvir música clássica melhora a memória
A música clássica estimula áreas do cérebro ligadas à atenção e ao processamento de informações – (Imagem gerada por inteligência artificial-GPT/Olhar Digital)

Por que ouvir música clássica pode fortalecer a memória?

Uma pesquisa publicada em 2024 investigou os efeitos do hábito regular de ouvir música clássica em adultos e idosos. Os resultados indicaram melhorias na memória de trabalho, atenção, velocidade de processamento e funções executivas. Além disso, foram observadas mudanças na conectividade funcional do cérebro e aumento de matéria cinzenta em regiões associadas à cognição, com efeitos mais evidentes em pessoas mais velhas.

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Como aplicar esse hábito simples de ouvir música clássica no dia a dia?

Não precisa virar especialista em Mozart. Basta usar a música clássica como pano de fundo em momentos estratégicos:

Música Clássica no Dia a Dia
🎧
Use como pano de fundo

Coloque música clássica em volume baixo enquanto estuda ou trabalha, sem a intenção de analisar ou compreender a obra.

📚
Combine com tarefas certas

Funciona melhor em atividades que exigem foco contínuo, como leitura, escrita ou processos criativos.

Crie um ritual

Use sempre o mesmo estilo musical para sinalizar ao cérebro que é hora de concentração profunda.

🌿
Mantenha simples

Não é necessário conhecer compositores ou obras específicas. Playlists prontas já cumprem bem esse papel.

Quais variações ajudam a potencializar os efeitos de ouvir música clássica?

Antes de testar qualquer playlist, vale entender que pequenos ajustes fazem diferença. Esses pontos ajudam a tirar mais proveito da música clássica no dia a dia:

  • Prefira músicas instrumentais, sem letras
  • Use volume baixo ou moderado
  • Opte por períodos curtos, como blocos de estudo
  • Combine com pausas para evitar fadiga mental

Quais benefícios aparecem a longo prazo?

Com o uso frequente, esse hábito pode ajudar a criar rotinas mais produtivas e mentalmente equilibradas. A música passa a funcionar como um gatilho de foco.
A longo prazo, isso pode contribuir para melhor organização mental, aprendizado mais eficiente e até redução do estresse cognitivo no trabalho e nos estudos.

No fim das contas, pequenas escolhas baseadas em ciência fazem diferença. Usar a música certa no momento certo mostra como tecnologia, pesquisa e autoconhecimento podem transformar hábitos simples em aliados poderosos para uma vida mais focada e consciente.

Colaboração para o Olhar Digital

Roberta Patriota é colaborador no Olhar Digital

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.