DeepSeek ficou para trás na corrida da IA?

No início do ano, o DeepSeek balançou o mercado de tecnologia, mas agora enfrenta desafios para lançar a nova geração do seu modelo de IA
Alessandro Di Lorenzo28/12/2025 18h30
Ao fundo, bandeira da China; à frente, logo da DeepSeek em um smartphone
DeepSeek é a "galinha dos ovos de ouro" chinesa (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)
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O lançamento do primeiro chatbot de inteligência artificial do DeepSeek, no início deste ano, balançou o mercado de tecnologia. Desde então, no entanto, a empresa chinesa não conseguiu repetir o feito e enfrenta algumas dificuldades.

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O principal desafio diz respeito ao lançamento do DeepSeek R2, considerada a nova geração do modelo de IA da startup. Ele deveria ter sido liberado em maio, mas foi adiado porque o CEO da companhia, Liang Wenfeng, se mostrou insatisfeito com o desempenho da ferramenta.

Logo do DeepSeek na tela de um smartphone
Startup ainda não conseguiu lançar novo modelo de IA (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

Suposto uso de chips da Nvidia gerou polêmica

O atraso no lançamento do R2 levantou dúvidas sobre a capacidade da empresa chinesa de competir com gigantes do mercado de tecnologia. É importante destacar que a startup tem uma estrutura menor do que a OpenAI, criadora do ChatGPT, por exemplo.

Além disso, uma recente polêmica envolvendo os chips usados para treinar o novo modelo de IA chinês aumentou a pressão sobre a companhia. No início de dezembro, uma reportagem do The Information apontou que a empresa estava utilizando os chips Blackwell, da Nvidia.

Chip da Nvidia
Chips da Nvidia de exportação proibida estariam sendo utilizados pela startup chinesa (Imagem: Nor Gal/Shutterstock)

O problema é que estes dispositivos, considerados um dos mais avançados disponíveis atualmente, não podem ser vendidos para a China, segundo regras estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos. A fabricante norte-americana afirmou que não teve comprovação de que seus chips estavam sendo desviados.

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DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Interesse pela IA chinesa diminuiu

  • Apesar do atraso no lançamento da nova geração de IA, o DeepSeek anunciou algumas atualizações do modelo original.
  • Mesmo assim, isso não foi suficiente para repetir o sucesso do início do ano.
  • Após ser lançado, em 20 de janeiro, o aplicativo chinês ocupou o topo do ranking da App Store, da Apple. 
  • A ferramenta ganhou destaque por apresentar um desempenho parecido com o do ChatGPT, mas um custo muito menor.
  • Desde então, no entanto, a procura pelo modelo da China perdeu fôlego.
  • Quem saber a tão esperada chegada do R2, aguardada para as próximas semanas, possa dar um novo incentivo para essa disputa.
  • As informações são do G1.

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.