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No novo trailer de Resident Evil: Requiem, Victor Gideon foi apresentado como a peça central de um quebra-cabeça biológico que promete redefinir os limites do horror de sobrevivência na franquia da Capcom.
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Revelado oficialmente durante o The Game Awards 2025, o personagem surge não apenas como um cientista brilhante, mas como uma ameaça psicológica que conecta o passado traumático da Umbrella Corporation a um futuro incerto e aterrorizante.
Para os fãs que acompanham a saga, a introdução de Gideon marca o retorno de um antagonismo mais cerebral e intimista, focado em obsessões que transcendem a mera criação de armas biológicas.
Quem é Victor Gideon, o novo antagonista do game Resident Evil Requiem?
Victor Gideon é descrito como um ex-pesquisador de alto escalão com laços profundos e obscuros com as instalações remanescentes da Umbrella. Visualmente, ele se destaca pelo uso de óculos de proteção tecnológicos, conhecidos como goggles, que sugerem uma exposição constante a ambientes laboratoriais extremos ou a necessidade de filtrar percepções visuais alteradas por suas próprias criações.
Diferente de vilões puramente físicos, Gideon parece operar nas sombras de um hotel abandonado no Centro-Oeste dos Estados Unidos, local que serve como o palco principal para o desenrolar da trama de Resident Evil Requiem.
O legado sombrio da Umbrella e a obsessão por Elpis
A motivação de Victor Gideon parece estar intrinsecamente ligada ao que ele chama de Elpis. Na mitologia grega, Elpis era a personificação da esperança, a única coisa que restou na Caixa de Pandora.
No contexto do game, as teorias e os diálogos do trailer sugerem que Elpis é um novo agente patogênico ou uma entidade biológica que Gideon acredita ser a chave para a evolução humana. Ele não vê suas ações como crimes, mas como um rito de passagem necessário para libertar a humanidade de suas fraquezas biológicas.
Cientificamente, a abordagem de Gideon parece se distanciar dos vírus Progenitor ou T, tradicionais por causarem mutações descontroladas e necrose.
O vilão de Resident Evil Requiem parece buscar uma simbiose mais refinada, algo que preserve a consciência enquanto amplifica as capacidades do hospedeiro. Essa busca por perfeição o torna um dos antagonistas mais perigosos da série, pois sua inteligência é tão letal quanto as criaturas que ele liberta nos corredores do hotel.
Um perseguidor implacável no hotel abandonado
Uma das características mais empolgantes confirmadas pela Capcom é que Victor Gideon assumirá o papel de perseguidor ativo, seguindo a linhagem de figuras icônicas como Mr. X, Nemesis e Lady Dimitrescu.
No entanto, a dinâmica de perseguição em Resident Evil Requiem promete ser mais sofisticada. Enquanto Grace Ashcroft, a analista do FBI e protagonista, tenta investigar o paradeiro de sua mãe e um policial desaparecido, Gideon utiliza o ambiente do hotel a seu favor.
A jogabilidade de Grace é focada no stealth e na sobrevivência, o que torna os encontros com Gideon momentos de pura tensão. Ele não é apenas um monstro que quebra paredes, ele é um estrategista que utiliza armadilhas e manipulação psicológica para encurralar suas presas.
Essa mecânica de gato e rato eleva o nível de imersão, forçando o jogador a gerenciar recursos escassos enquanto tenta decifrar os enigmas deixados pelo doutor.
O conflito com Grace Ashcroft e Leon S. Kennedy
(Imagem: Divulgação / Capcom)
O papel de Victor Gideon ganha camadas adicionais quando analisamos sua interação com os protagonistas. Para Grace Ashcroft, Gideon representa a barreira entre ela e a verdade sobre o assassinato de sua mãe ocorrido oito anos antes.
Já para Leon S. Kennedy, o agente veterano que retorna como co,protagonista, Gideon é o lembrete de que o legado da Umbrella nunca foi totalmente erradicado.
A dualidade da gameplay, que alterna entre o terror de sobrevivência de Grace e as sequências de ação explosiva de Leon, permite que vejamos Gideon sob diferentes perspectivas. Enquanto para Grace ele é um pesadelo onipresente, para Leon ele representa um alvo tático que exige toda a sua experiência em combate biológico.
Essa estrutura narrativa sugere que Gideon possui planos específicos para cada um deles, possivelmente vendo em Leon um espécime de teste ideal devido ao seu histórico de exposição a diversos vírus ao longo dos anos.
A evolução do terror biológico
Do ponto de vista crítico, a criação de Victor Gideon parece ser uma resposta da Capcom aos pedidos por vilões que tenham uma presença constante e uma motivação mais fundamentada. Embora a franquia tenha tido sucesso com antagonistas excêntricos recentemente, Gideon traz um ar de seriedade e frieza científica que remete aos primeiros anos da série, mas com a sofisticação técnica da nona geração de consoles.
A aposta em um vilão que utiliza a esperança, Elpis, como justificativa para atrocidades é um argumento convincente para uma narrativa mais madura. Resident Evil Requiem tem o potencial de não apenas entregar sustos, mas de provocar uma reflexão sobre até onde a ciência pode ir quando guiada por uma visão distorcida de salvação. Victor Gideon não quer apenas destruir o mundo, ele quer reconstruí,lo à sua imagem, e é essa convicção que o torna verdadeiramente aterrorizante.
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