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A missão Artemis, da Nasa, pretende enviar astronautas à superfície da Lua até 2024. Para isso, a instituição trabalha há cinco anos no projeto Lunar Gateway, uma estação espacial na órbita do astro, envolvendo desde empresas privadas até diversas agências espaciais do mundo.
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De acordo com Dan Hartman, diretor do programa Gateway no Centro Espacial de Houston da Nasa, no Texas, a Gateway cumpre um papel fundamental ao possibilitar que a duração de missões lunares seja estendida de 30 para pelo menos 60 dias. Em entrevista ao ArsTechnica, ele também comentou sobre o desenvolvimento do projeto, a escolha da SpaceX para o serviço de abastecimento da estação e falou sobre o futuro da iniciativa.
Ainda durante a ocasião, ele afirmou que será possível avaliar de forma mais abrangente os aspectos da vivência humana no espaço, e esta pode ser uma primeira etapa não só para a exploração da Lua, mas também de outros planetas, como Marte.
“Quanto mais duração as missões tiverem, com certeza isso vai ajudar a nós avaliarmos os riscos dos ambientes extremos a que vamos submeter nossa tripulação. Nós precisamos entender como operar no espaço profundo”, afirmou o diretor.
Desafios
Os caminhos para a Nasa, no entanto, são desafiadores. Segundo Hartman, a agência espacial ainda trabalha em dois componentes fundamentais da missão: o Elemento Propulsor de Energia (PPE) e o Posto de Habitação e Logística (HALO).
O primeiro trata-se de um propulsor que será responsável por mover estruturas na órbita da lua, como o sistema de aterrissagem humano. Além disso, o PPE também deve abrigar centros de comando e comunicações da Gateway. A responsável por construir o equipamento é a empresa de tecnologia Maxar, que assinou um contrato de US$ 375 milhões com a Nasa, no ano passado.
Já o HALO será construído pela Northrop Grumman Innovation Systems. A estrutura será a futura habitação dos astronautas, onde eles devem viver e trabalhar enquanto estão ligados a Gateway, bem como uma base de suporte para que os astronautas embarquem em expedições para a superfície da lua.
Além disso, está prevista a criação de um módulo internacional de habitação (iHAB), que será lançado junto a HALO com o objetivo de ampliar a capacidade de residência na estação. O projeto é desenvolvido em parceria com a Agência Espacial Europeia e a JAXA (Agência Espacial Japonesa) e recebe o apoio também da CSA (Agência Espacial Canadense).
De acordo com Hartman, os três projetos estão avançando rapidamente. A expectativa é conduzir testes preliminares já ao final de 2020. A chegada do HALO e do PPE à órbita lunar, no entanto, deve acontecer somente na metade de 2024.
Logística
Contudo, além de pensar no desenvolvimento dos componentes essenciais, Hartman destaca que Nasa já discute como abastecer a Lunar Gateway.
Nesse sentido, a agência espacial americana escolheu a SpaceX, do bilionário Elon Musk, para realizar o reabastecimento da estação. As operações, segundo o diretor, serão realizadas com uma nova versão da cápsula Dragon XL, lançadas ao espaço em foguetes Falcon Heavy.
Para Hartman, a experiência da companhia com o serviço de reabastecimento comercial (CRS) da Estação Espacial Internacional foi crucial para a escolha. “Se você observar as primeiras duas ou três missões da SpaceX e comparar com a vigésima missão que temos agora, as capacidade de entrega da Dragon foi aprimorada significativamente”, disse Hartman.
De acordo com o representante da Nasa, o sistema da companhia de Musk também é um atrativo, uma vez que possui um sistemas de acoplagem e ancoragem automatizados, o que facilitaria a condução e o sucesso de missões remotas.
Incerteza
Apesar dos avanços, a Lunar Gateway paira sobre uma grande dúvida. Recentemente, o chefe executivo de missões espaciais da Nasa, Doug Loverro, sugeriu que a agência pode optar por uma base diretamente instalada no solo lunar.
Dessa forma, haveria duas estações: a Gateway na órbita da Lua e uma segunda estrutura na superfície. O problema dessa decisão é que ela pode impactar diretamente o cronograma do projeto, uma vez que componentes importantes podem perder o propósito para que foram pensados.
A determinação final deve sair somente em abril. “Nós analisamos uma série de opções para reduzir os riscos para a Gateway e confirmar a garantia da missão”. De acordo com ele, muitas das ideias ainda estão em uma fase de “negociação”.
Fonte: Arstechnica