Polícia Civil deflagra operação contra ataques DDoS em Goiás e SP

Suspeitos bloqueavam o acesso à internet de centenas de milhares de usuários por meio de bots, e pediam depósitos em criptomoedas para restabelecer o serviço
Davi Medeiros28/08/2020 19h24, atualizada em 11/11/2022 14h59
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As polícias civis de Tocantins e Goiás deflagraram, nesta sexta-feira (28), uma operação contra um grupo de crackers acusados de extorquir provedores de internet. Batizada como Attack Mestre, a operação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária em São Paulo e Goiás. 

Crackers é o termo usado para designar criminosos que usam seus conhecimentos para quebrar a segurança de computadores e sistemas de forma ilegal. Os investigados são suspeitos de realizar ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS, na sigla em inglês). Nesse tipo de ação criminosa, bots (robôs) assumem o controle de uma série de computadores e os forçam a acessar o mesmo servidor simultaneamente. 

Devido à súbita sobrecarga no servidor, o acesso à internet fica indisponível. Então, os criminosos passam a extorquir as empresas provedoras de internet, estabelecendo altas quantias em dinheiro como condição para que o serviço seja restabelecido. Nesse caso específico, os suspeitos exigiam um depósito numa carteira de criptomoedas. 

De acordo com os investigadores, os suspeitos interromperam as conexões de banda larga de centenas de milhares de usuários nos 26 estados e no Distrito Federal. A investigação é conduzida em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

“Os investigados são detentores de conhecimentos avançados na área da tecnologia da informação e faziam uso de uma estrutura extremamente complexa, dotada de uma rede com diversos computadores infectados por bots, popularmente conhecida como ‘zumbis'”, informou Alessandro Barreto, coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP.

Não foi esclarecido de que modo os criminosos tiveram acesso aos computadores atacados, nem a armadilha empregada para que os usuários fizessem download dos bots. 

Fonte: Agência Brasil 

Redator(a)

Davi Medeiros é redator(a) no Olhar Digital