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As investigações sobre o acidente fatal no qual um veículo autônomo da Uber atropelou e matou uma ciclista no meio da rua ainda estão em andamento, mas a empresa já parece ter uma conclusão sobre a causa do problema. Ao que tudo indica, os sensores do veículo perceberam, sim, a mulher na pista, mas o software do carro decidiu não desacelerar ou desviar.
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Pelas imagens divulgadas pela polícia, fica muito claro que não houve nenhuma reação por parte do veículo diante de uma pessoa na pista. Chegou-se a suspeitar de que a Uber havia implantado um número insuficiente de sensores no carro, o que teria feito com que a máquina fosse incapaz de detectar a mulher, o que explicaria a falta de ação. No entanto, a matéria do site The Information indica que não foi bem assim.
De acordo com a publicação, os sensores entenderam que se tratava de um falso positivo, o que justifica falta de ação do carro. Para quem não está familiar com o termo, um falso positivo é quando o sistema encontra algo que parece uma ameaça, mas decide que o objeto não é um perigo real e releva a situação.
No caso, a Uber teria colocado o filtro no nível mínimo, o que fez com que o sistema ignorasse a mulher na rua achando que ela não representava um risco real. A justificativa para um filtro tão baixo também tem a ver com segurança: afinal de contas, se o carro freasse ou desviasse bruscamente em todos os falsos positivos que encontra, ele também poderia causar acidentes graves com outros veículos. A questão é saber balancear esses dois aspectos.
Desde o acidente, em março deste ano, a Uber suspendeu todos os testes com seus veículos autônomos para iniciar uma investigação conjunta com o NTSB (Conselho Nacional de Segurança do Transporte) dos Estados Unidos, mas ambas as partes ainda não publicaram um relatório preliminar do ocorrido.
Quando questionada sobre o teor da matéria, a Uber emitiu um comunicado em que não confirma nem desmente a situação:
“Estamos cooperando ativamente com o NTSB em sua investigação. Em respeito ao processo e à confiança que construímos com o NTSB, não podemos comentar especificidades do incidente. Neste período, iniciamos uma análise cuidadosa da segurança do nosso programa de veículos autônomos e trouxemos Christopher Hart, ex-NTSB, para nos aconselhar em nossa cultura de segurança em geral. Nossa avaliação está observando tudo entre as seguranças de nossos sistemas e o processo de treinamento para os operadores, e esperamos ter mais a compartilhar em breve”.