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É um sonho antigo: produzir chips no Brasil. O desafio de entrar de cabeça nessa indústria já dura quase 20 anos. Desde o início dos anos 2000, o país tenta instalar uma fábrica de semicondutores que opere em escala comercial no território nacional. Mas está difícil. Dominar a tecnologia e a sua fabricação é muito importante. Com a eletrônica cada vez mais presente nos objetos que nos acompanham diariamente; isso sem falar nas tão esperadas cidades inteligentes e o crescimento da Internet das Coisas, não é legal a gente viver na dependência dos importados…
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Hoje, quase todos os componentes dos equipamentos eletrônicos – de baterias a processadores – são feitos na Ásia. Lá, além da mão de obra qualificada, o custo de produção é baixo. É difícil concorrer com os asiáticos. O problema é que uso de componentes importados pela indústria de eletrônicos deixa tudo mais caro para o consumidor e o país continua dependente da tecnologia de outros. Todo ano, a gente em torno de 6 bilhões de dólares com a importação de semicondutores.
Mas se o velho ditado diz que o brasileiro não desiste nunca, algumas empresas (poucas, é verdade) se esforçam para tentar colocar o país no mapa dos semicondutores, mesmo que bem timidamente por enquanto.
Recentemente, a Qualcomm anunciou que vai construir uma fábrica e um centro de desenvolvimento de semicondutores na região de Campinas, interior de São Paulo. As operações, segundo a própria empresa, devem começar só em 2020. O investimento deve chegar a 200 milhões de dólares em cinco anos. E a expectativa é que sejam criadas até mil vagas de emprego.
Nós fomos conhecer de perto uma das poucas fabricantes de semicondutores por aqui. Também no interior de São Paulo, esta fábrica faz o encapsulamento de semicondutores e produz módulos de memória. Hoje, alguns dos componentes embarcados em smartphones de grandes marcas vendidos no país saem daqui. Para conhecer de perto a produção, a gente precisou vestir estas roupas especiais e até passar por um banho de ar ionizado para tirar toda e qualquer impureza que a gente pudesse levar para dentro das salas vedadas. Por se tratar de microeletrônica, qualquer partícula do ambiente pode prejudicar a produção. Aqui dentro, tudo é controlado…
Aqui, eles importam essa bolacha de silício semi acabada para produzir os chips de memória. Em uma primeira etapa, o waffle é lapidado e chega a ficar com 30 microns de espessura – para se ter uma idéia, isso é menos da metade da espessura de uma folha de sulfite. Depois a bolacha é colocada em um suporte, os chips são cortados, separados e soldados para a montagem das estruturas. Tudo é automatizado e robotizado. Olha só esta máquina. Ela faz micro soldas usando fio de ouro para interligar os terminais de silício.
A maioria das máquinas são operadas a distância e estão conectadas entre si. Todo o processo é acompanhado em tempo real, desde a qualidade do produto, a quantidade da produção até a especificação de cada etapa…
Interessante é que o nível de tecnologia, automação e controle desta fábrica é o mesmo utilizado nas grandes fábricas de processadores mundo afora; inclusive as da Ásia. A diferença está na capacidade de testar o produto final e na escala da produção. Mas assim como outras que já operam no país, representa um passo importante rumo à independência dos asiáticos… ou pelo menos parte dela.