A agência espacial indiana ISRO (India Space Research Organization) conseguiu hoje lançar e recuperar o protótipo de uma nave espacial tipo “shuttle” reutilizável. O protótipo, chamado de RLV-TD, foi lançado às 9h da manhã na Índia e subiu um total de 69,2 quilômetros antes de voltar e pousar em segurança.

O protótipo tinha apenas 7 metros de comprimento e era pilotado remotamente. Ainda assim, os pesquisadores da ISRO consideram que o sucesso da missão é um indicador de que espaçonaves reutilizáveis sejam um projeto viável. Segundo os cientistas, naves reutilizáveis podem reduzir em até 90% o custo de futuras missões espaciais. O vídeo abaixo, da rede de televisão indiana NDTV, mostra imagens do lançamento:

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A realização também ajuda a colocar a agência espacial indiana ao lado de outros grandes centros mundiais voltados para explorações do espaço, como a NASA e a Roscosmos (agência espacial russa), segundo o Engadget.

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Custo-benefício

Embora a missão possa parecer pequena se comparada a projetos como o da SpaceX (que já conseguiu fazer um foguete autônomo ir até o espaço e voltar pousando tanto na terra quanto no mar). No entanto, ela é incomparavelmente mais eficiente em termos de custo: o projeto de cinco anos de desenvolvimento da espaçonave reutilizável teve orçamento estimado de cerca de US$ 14 milhões apenas.

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Os cientistas indianos também já conseguiram lançar um satélite para orbitar Marte em 2014 por um custo estimado de US$ 72 milhões. Em comparação, o orçamento do filme Gravidade foi de cerca de US$ 100 milhões, o que significa que uma missão espacial real indiana custou mais barato que uma missão americana ficcional.

Um dos motivos pelos quais a ISRO consegue ser mais eficiente é por trabalhar de maneira diferente das demais agências espaciais. Em vez de realizar experimentos práticos, a agência coleta o máximo de dados possível de outras agências e centros de pesquisa para montar seus protótipos da maneira mais segura possível.