O fungo conhecido como “mal do Panamá” chegou à América do Sul e trouxe grande preocupação no comércio e na produção de bananas na região.

O fungo ainda não tem cura, por isso, cientistas de diversas regiões do mundo correm contra o tempo para arrumar maneiras de salvar a fruta mais comercializada do mundo. Na América do Sul, o problema foi encontrado na Colômbia, onde o governo declarou estado de emergência e destruiu as colheitas. Provavelmente não vai demorar para chegar no Equador, país que mais vende banana para Estados Unidos e Europa. 

Os pesquisadores estão recorrendo à poderosa ferramenta de edição de genes, o CRISPR, para aumentar a resistência da fruta contra o fungo. O CRISPR é uma técnica de biologia molecular que permite alteração genética, podendo cortar com precisão parte do genoma de determinada fruta e alterá-lo. No caso da banana, isso pode fazer com que ela se torne menos vulnerável ao fungo.

James Dale, biotecnólogo da Queensland University of Technology, em Brisbane na Austrália, afirma que o trabalho de alteração genética ainda está no começo e que pode levar alguns anos para que os testes apresentem resultados positivos.

publicidade

Mesmo sem garantia de sucesso, o CRISPR parece ser a única solução possível para impedir que as bananas sejam extintas.

 

Via: Nature