Um cientista nuclear russo, chamado Andrei Rybkin, funcionário de um dos maiores centros de pesquisa de armamento nuclear do país, foi condenado a três anos de prisão por mineração ilegal de criptomoedas durante o período de trabalho. Além dele, outros dois colegas de trabalho também foram condenados, mas com sentenças mais leves.

Rybkin, que foi julgado pela Corte da Cidade de Sarov nesta quinta-feira (25), foi um dos três envolvidos na operação ilegal, de acordo com a imprensa russa. Além da prisão, o cientista deve pagar uma multa no valor de três mil dólares. As acusações do caso incluem a propagação de vírus e o acesso ilegal à informações utilizando uma posição de poder.

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Andrei Shatokhin e Denis Baykov, colegas de trabalho de Rybkin, também foram acusados. Ambos foram condenados a quatro anos de cadeia, mas a pena foi revertida para pagamento de fiança. De acordo com documentos do caso, os homens são suspeitos de operarem computadores sem uso e um serviço de rede do instituto para minerar criptomoedas ilegalmente no período entre maio e setembro de 2017.

A mineração ocorria principalmente no período da noite, e todos os funcionários dividiam os lucros gerados. Autoridades estimam que os danos ao patrimônio público ultrapassem os 15 mil dólares. Contudo, esta não foi a primeira vez que indivíduos são pegos minerando criptomoedas.

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Em agosto deste ano, uma ex-funcionária da Amazon, suspeita de ter sido a responsável pelo vazamento de informações de 106 milhões de clientes do banco Capital One, aparentou também ter usado os servidores para minerar as moedas virtuais. Paige Thompson foi indiciada pelo hackeamento do banco Capital One e de outras 30 entidades financeiras. Ela admitiu ter criado um software para roubar informações de clientes que usaram seu firewall de maneira equivocada.

No caso de Rybkin, o esquema foi descoberto devido à presença de um software de detecção feito para flagrar justamente a mineração de criptomoedas. Apesar de ser voltado a ataques hackers, o sistema acabou flagrando os cientistas em sua atividade ilegal. 

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Via: The Next Web