A Nasa divulgou alguns detalhes de como serão as missões na superfície da Lua durante o programa Artemis, que busca levar o homem, e ao menos uma mulher, de volta ao nosso satélite já em 2024. Ao contrário do programa Apollo, cujo objetivo primário era político, desta vez “teremos um programa científico bem robusto desde o começo”, disse John Connoly, cientista da Nasa.

A primeira missão, com dois astronautas, ficará na superfície lunar por 6 dias e meio, o dobro do tempo da mais longa missão Apollo. Os astronautas farão ao menos 4 caminhadas, onde irão realizar uma série de observações científicas e coletar amostras de gelo lunar.

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Várias regiões a distâncias de 5 a 15 Km do local de pouso estão permanentemente à sombra, onde pode haver gelo na superfície. Estes locais seriam alcançados com o uso de um veículo (rover) não pressurizado (como os “Moon Buggy” usados nas missões Apollo 15, 16 e 17), que seria levado à Lua em uma missão anterior.

A Nasa espera realizar um segundo pouso do programa Artemis em 2025, seguido da entrega de um novo rover pressurizado em 2026, que possibilitaria aos astronautas percorrer distâncias muito maiores. Ao final da década, a agência espera estar realizando missões com 14 dias de duração e 4 astronautas, e começar a montagem de instalações para produção de água e oxigênio, essenciais para o estabelecimento de uma base permanente.

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Um dos pontos chave no projeto do veículo de pouso (lander) é a capacidade de retorno de amostras lunares. Durante o programa Apollo a Nasa trouxe para a Terra um total de 382 Kg de rochas em cinco missões tripuladas.

O objetivo no programa Artemis é ter a capacidade de trazer ao menos 35 Kg de rochas por missão, com uma carga ideal de 100 Kg. O estudo das rochas na superfície lunar nos permite ter uma melhor idéia de como a lua, e a Terra, se formaram bilhões de anos atrás.

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Fonte: Ars Technica