Os carros elétricos representaram uma revolução na indústria automotiva em termos de produção de veículos mais amigáveis ao meio ambiente. No entanto, o Ministério do Meio Ambiente do Japão acredita que podemos ir ainda mais longe, e o resultado é um supercarro feito inteiramente de madeira, sem precedentes na indústria, apresentado no Tokyo Motor Show.

Segundo informações do portal especializado Jalopnik, o veículo é feito com fibras de nano celulose, ou materiais derivados de plantas (incluindo resíduos da agricultura). Esse material possui um quinto do peso e cinco vezes a resistência do aço, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Ao usar esse tipo de fibras para compor a maior parte da carroceria e do cockpit, o resultado é um carro com metade do peso de um veículo tradicional, com uma redução de 10% em sua massa total.

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Apenas isso já faz o Projeto NCV (Veículo de Nano Celulose) ser algo sem precedentes, mas não para por aí. O processo de produção do carro também reduz drasticamente as emissões de carbono associadas com a manufatura de automóveis, quase como um processo massivo de reciclagem.

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Além disso, o carro tem um design que atrai tanto os consumidores preocupados com o meio ambiente quanto os mais tradicionais, interessados num supercarro similar aos já conhecidos carros esportivos. As portas que se abrem como asas de borboleta imediatamente remetem à uma Lamborghini, ou ao Acura NSX. Seu painel é todo em madeira, e os assentos relembram o desenho de um kimono.

Divulgação/NCV Project

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No entanto, toda a tecnologia e pesquisa foi usada no design do carro, e não em sua potência. Ainda não há informações sobre qual será a fonte de energia implementada ao veículo, mas rumores dizem que ele pode ser equipado com uma célula de energia de hidrogênio, com velocidade máxima girando em torno de 20 km/h. Apesar de o design do Veículo de Nano Celulose ser muito bem trabalhado, ainda há uma grande lacuna para ser melhorada. 

O veículo surgiu com um consórcio de 22 universidades japonesas, institutos de pesquisa e corporações de suprimentos, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2016.

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Divulgação/NCV Project