O YouTube está mudando, pela terceira vez em 2019, seus termos de serviço. A nova política deve ser atualizada no dia 10 de dezembro e, entre as novas coisas, a rede deixou mais claro que não precisa manter nenhum vídeo que não queira. “O YouTube não tem obrigação de hospedar ou veicular conteúdo”, afirmou o documento.

Essa afirmação tornou o YouTube alvo de inúmeras críticas: enquanto alguns argumentam que a plataforma poderia fazer mais para derrubar vídeos que violam as regras da empresa, outros afirmam que ela possui uma responsabilidade com a liberdade de expressão e não deveria controlar o que permanece nela.

Além disso, grande parte das atualizações estão ligadas com o YouTube Kids e a proteção para menores na rede. Em setembro, a Comissão Federal de Comércio (FTC) emitiu uma multa de US$ 170 milhões (R$ 705 milhões) contra o Google por supostas violações contra a Lei de Proteção à Privacidade das Crianças (COPPA).

O YouTube também concordou em fazer alterações para proteger ainda mais a privacidade das crianças e cumprir a lei. Os termos de serviço agora são acompanhados por uma seção atualizada sobre responsabilidade dos pais quando seus filhos usam a plataforma. Além disso, será emitido o aviso “se você é menor de idade em seu país, sempre deve ter a permissão de seus pais ou responsáveis antes de usar o serviço”.

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Em entrevista ao The Verge, um porta-voz do YouTube afirmou que os termos estão sendo alterados para “facilitar a leitura e garantir a atualização. Não estamos mudando a maneira como nossos produtos funcionam, como coletamos ou processamos dados ou qualquer uma de suas configurações”.

Outra mudança polêmica foi de alertar as pessoas sobre a possibilidade do encerramento de algumas contas. Vários youtubers postaram no Twitter uma parte dos termos de serviço que dá a plataforma o poder de “encerrar seu acesso ou o acesso da sua conta do Google a todo ou parte do serviço, se o YouTube acreditar, a seu exclusivo critério, que a prestação do serviço a você não é mais viável comercialmente”, interpretando a política como uma desculpa para a plataforma encerrar canais que não estão gerando renda.

Ainda em entrevista ao The Verge, a plataforma afirmou que “também não está mudando a maneira como trabalhamos com os criadores, nem seus direitos sobre suas obras ou seu direito de monetizar”.

A respeito das últimas duas atualizações realizadas este ano, é possível que as alterações tenham sido feitas de acordo com as diretrizes da FTC do YouTube. Alguns representantes da empresa negam que as decisões tenham sido feitas para seguir as recomendações da FTC.

 

Via: The Verge