A maioria dos modelos do Sistema Solar não é totalmente precisa, mas há uma boa razão para isso. Um retrato preciso e em escala simplesmente não parecia tão interessante, já que seria necessário aumentar o zoom para entender o que está acontecendo.

James O’Donogue, um cientista planetário da agência espacial japonesa, JAXA, e ex-Nasa, recentemente se deparou com esse problema. Ele criou uma série de animações que exploram a dificuldade de representar com precisão o Sistema Solar. “Pense na vastidão do espaço por tempo suficiente e calafrios são enviados pela espinha”, brincou O’Donoghue no Twitter.

A série de vídeos explica como tamanho, distância e espaço tornam os modelos solares tão complicados.

É possível notar uma observação na parte inferior do vídeo falando que o Sol foi representado sem escala, já que, se colocado em seu tamanho proporcional, dominaria toda a tela do vídeo. “Existem poucas coisas que podem ser descritas em escala quando se fala do espaço”, destacou.

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O modelo do cientista também não mostra corretamente as distâncias dos planetas em relação ao Sol e entre si. Os movimentos únicos dos planetas são outras coisas a considerar. Cada planeta se inclina de maneira diferente em seu eixo e gira em sua própria velocidade.

Mesmo que um modelo mostre o Sol e cada planeta no tamanho, velocidade, rotação e inclinação certos, o problema da distância permanece. Em um vídeo como o de O’Donoghue, os planetas podem nem caber na tela se estiverem a uma distância correta. Se retratar com precisão um modelo do Sistema Solar, não há muito o que olhar, já que os planetas não seriam tão visíveis.

Esses motivos fazem com que a maioria dos modelos propostos não estejam em escala. No final do vídeo, O’Donoghue torna todos os planetas e o Sol mil vezes maiores para ficarem visíveis. O Sol domina o modelo. Então, ele o reduz e torna os planetas 3.5 mil vezes maiores que o tamanho real.

O resultado não é tão bonito quanto sua primeira versão simplificada. “Nós sempre precisamos nos comprometer, porque o espaço é enorme”, concluiu.

Via: Science Alert