A polícia espanhola confirmou que 33 pessoas foram presas em 11 países diferentes, todas ligadas a um grupo de WhatsApp que compartilhava imagens de abuso sexual infantil e outros conteúdos violentos. As autoridades dizem que as fotos compartilhadas nesse grupo foram “normalizadas pela maioria de seus membros”.

As prisões ocorreram em 11 países diferentes espalhados por três continentes, mas a maioria – 17 delas – aconteceu na Espanha. Muitos dos que foram detidos ou estão sendo investigados no pais ibérico são menores de idade, incluindo um menino de 15 anos.

Algumas prisões aconteceram também na América do Sul. No Uruguai, a polícia deteve duas pessoas, sendo que uma delas era uma mãe que abusava de sua filha e enviava imagens ao grupo de WhatsApp. A investigação ainda chegou ao Peru e Equador.

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Em outro caso, um homem de 29 anos foi detido não apenas por fazer o download das imagens, como também por encorajar outros membros do grupo a fazerem contato com jovens meninas, em especial imigrantes que dificilmente procurariam a polícia.

A Polícia Nacional Espanhola começou a investigar o grupo há mais de dois anos, após receberem um email com uma denúncia. Eles então pediram a colaboração da Europol, Interpol e da polícia do Equador e da Costa Rica.

Assim como ocorreu na Espanha e no Uruguai, prisões foram feitas no Reino Unido, Equador, Costa Rica, Peru, Índia, Itália, França, Paquistão e Síria.

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Em um comunicado, a polícia alegou que o grupo compartilhava “conteúdo pedófilo, algumas vezes de extrema severidade, juntamente com outros conteúdos que eram legais, mas não recomendados para menores por conta de sua natureza extrema”.

Alguns membros do grupo até criaram “stickers” – as famosas figurinhas do WhatsApp que são facilmente compartilhadas – de crianças sendo abusadas.

A polícia disse também que todas as pessoas presas na Espanha eram homens de diversas faixas etárias, e que eles provêm de uma mistura de diferentes origens culturais e sociais. Um deles fugiu de sua casa na Itália quando foi feita uma busca em sua residência. O homem foi para a casa de parentes em Salamanca, na Espanha, sem saber que sua prisão havia sido pedida justamente pela polícia espanhola. A operação agora será focada em identificar as crianças que aparecem nas imagens de abuso.

Via: BBC