Cada vez mais, o Linux e as suas distribuições têm ganho bastante espaço e novos usuários devido a mudanças importantes, inclusive, 2019 sendo um ano extremamente importante para ele. Por sua vez, o Windows 7 ainda continua sendo um sistema amplamente utilizado, mas ainda em janeiro de 2020, ele deve parar de receber atualizações, sendo necessário recorrer as atualizações pagas do Extended Security Updates para manter o sistema atualizado, um tipo de “programa” de atualizações pagas oferecido pela Microsoft.

Por sua vez, apesar de ser uma boa hora para trocar o Windows pelo Linux, muita gente ainda não sabe exatamente o que esperar do novo sistema ou até mesmo por onde começaer com a migração. Assim, para lhe ajudar, o Olhar Digital preparou uma matéria com algumas dicas para quem quer migrar para o Linux.

Fazendo o backup no Windows

Antes de partir de fato para o Linux, é claro, você deve querer salvar os seus arquivos, que estão no Windows para que eles continuem sendo acessados no novo sistema. Aqui, vale lembrar, o Linux utiliza tipos de partições diferentes, mas reconhece os formatos utilizados pelo Windows.

A forma mais fácil de fazer um backup é em um HD externo, realizando mesmo uma cópia manual de seus principais arquivos. Caso prefira uma opção mais robusta, é claro, você pode utilizar algum serviço como o Google Drive, que oferece 15 GBs gratuitos de espaço de armazenamento na nuvem e um aplicativo para o Windows, que facilita o backup de suas pastas e arquivos.

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Após ter feito o backup, já no Linux, algumas distribuições como o Linux Mint, por exemplo, trazem a opção de sincronizar a sua conta do Google, incluindo o serviço do Google Drive com os seus arquivos. Assim, após fazer essa configuração no sistema, os seus arquivos ficam disponíveis no gerenciador de arquivos e podem ser copiados de volta para a sua máquina, caso deseje. Além do Google Drive, outra opção interessante para o Linux é o Mega, que também possui um cliente oficial para a plataforma, o Mega Desktop App.

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Apesar de termos mencionado aqui opções com integrações mais diretas com o Linux, vale lembrar, também, que praticamente todos os serviços de armazenamento de arquivos na nuvem, é claro, podem ter o seu acesso realizado pelo navegador.

Teste a distribuição antes de instalá-la

Uma dica importante para você achar com mais facilidade uma distribuição que lhe agrade, é rodando-a a partir de um pendrive, que pode ser preparado com a ajuda de ferramentas como o Rufus ou o UNetbootin. Dessa forma, você poderá mexer no sistema antes de instalá-lo sem afetar a cópia do seu sistema operacional atual.

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Caso você ainda esteja reticente em fazer uma migração, mesmo tendo testado ela, lembre-se que você pode instalar o Linux em dual boot, ou seja, você terá na mesma máquina o acesso ao Windows e ao Linux.

Escolhendo uma distribuição

Para você utilizar o Linux, existem diversas distribuições na internet, que trazem suas próprias características, pacotes de programas etc. Algumas delas, inclusive, tem outras mudanças e podem, por exemplo, serem mais indicadas para um PC antigo, um PC novo, um PC gamer, profissionais que trabalham com edições e outros cenários.

Aqui, nessa matéria, o Olhar Digital listou alguma das principais distribuições do momento e que podem ser boas alternativas para ficar no lugar do Windows 7. Veja quais são elas:

Linux Mint

Uma das principais distribuições do momento, que leva como base o sistema do Ubuntu é o Linux Mint, que consegue na maioria dos casos oferecer um bom desempenho com um baixo consumo de memória RAM. Caso esteja pensando em usá-lo, não deixe de conferir este tutorial do Olhar Digital de como fazer a sua instalação, que apesar de ser de uma versão um pouco mais antiga, não teve muitas mudanças no processo.

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Elementary OS

Se você já tem um computador mais potente e procura uma distribuição, que já venha com um apelo visual maior, o Elementary OS também é uma ótima opção. Assim como o Linux Mint, o sistema base do Elementary OS é o Ubuntu, que faz com que você tenha um acervo generoso de aplicativos.

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ZorinOS

Já quem não consegue abdicar do visual do Windows pode achar o ZorinOS uma opção bem interessante. Essa distribuição utiliza o ambiente gráfico do Gnome Shell com um tema próprio, que lhe deixa bem intuitivo e, de certa forma, similar com o Windows em alguns aspectos. Apesar de ser gratuito, o Zorin OS conta com uma versão paga que traz alguns benefícios extras.

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Ubuntu

Uma das distribuições mais utilizadas é justamente o Ubuntu, que se destaca por ter o suporte a diversos ambientes gráficas e até mesmo imagens específicas para ser usado em computadores do tipo Desktop ou em servidores.

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Linux Deepin

A última distribuição de nossa lista é a chinesa Deepin, que se destaca por conta de seu visual bonito e foco na facilidade de uso. Recentemente, o Deepin até chegou a ser destaque por estar sendo instalado em computadores da Huawei como o seu sistema operacional padrão.

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Quais programas utilizar no Linux

Uma grande preocupação que existe na hora de sair do Windows para o Linux fica por conta da questão de programas a serem utilizados no sistema do pinguim. Apesar de alguns programas populares no Windows ainda não terem uma versão nativa para Linux, a verdade é que existem diversas alternativas eficientes por lá e até mesmo uma chance de fazer o seu programa em específico rodar através do Wine.

Para você ter apenas alguma ideia de por onde começar, assim como feito com as distribuições, o Olhar Digital também fez uma lista de aplicativos que são boas opções para o Linux e que podem substituir algo que estava em uso no Windows. Veja:

Clientes de e-mail

O Windows sempre incluiu opções de clientes de e-mail instalados no seu sistema. Já o Linux, na maioria das distribuições, também vem com um cliente de e-mail instalado, sende esse, na maioria dos casos, o Thunderbird, que é desenvolvido pela Mozilla. Já outra opção interessante e bem completa para essa categoria é o Mailspring, que apesar de ser gratuito, tem uma opção de assinatura para ter acesso a alguns recursos extras.

Compressores de arquivo

Na hora de enviar um arquivo pela internet, é bem comum recorrer a algum compressor para deixar tudo em apenas um arquivo ou só para diminuir o seu tamanho. Para alguns tipos de arquivos específicos, assim como o Windows, o Linux já tem ferramentas nativas para essa tarefa. Entretanto, para outros formatos, o PeaZip pode ser um grande aliado.

Editores de áudio

Alguns editores de áudio populares para o Windows, como o Sound Forge não estão disponíveis para o sistema do pinguim. Entretanto, outra opção famosa, como o Audacity marca presença no sistema. E, se somente ela não for o suficiente para o seu trabalho, com certeza o Ardour e o LMMS lhe ajudarão.

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Editores de imagem

Aqui, está mais uma categoria onde o principal programa do Windows, o Adobe Photoshop, não tem uma versão nativa para Linux. Em seu lugar, é claro, pode se usar o famoso e tradicional GIMP. Também, é claro, não pode faltar nessa lista o Inkscape.

Navegadores

Nessa categoria, praticamente não existem muitas diferenças em relação aos programas utilizados no Windows. No Linux, sim, você poderá usar os navegadores Chrome, Firefox, Opera, Vivaldi e outros. Também, não se esqueça que praticamente todas as distribuições já vem pelo menos com um ou dois navegadores pré-instalados.

Players de áudio

Quem está se preocupando em escutar músicas no Linux, pode ficar tranquilo, pois além de ter o cliente do Spotify, o sistema do pinguim também tem opções bem interessantes para quem quer escutar músicas armazenadas localmente no PC. Para essa categoria, as recomendações ficam com o Clementine e o Banshee, que além de reproduzir arquivos de áudio, também conta com o suporte para vídeos.

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Players de vídeo

Diferente da última categoria mencionada, o Netflix não possui um aplicativo oficial como o visto no Windows 10, mas ele roda normalmente a partir de navegadores no sistema do pinguim. Já as recomendações de programas para rodar os arquivos que estão na sua máquina ficam para o popular VLC Player e para o SMPlayer.

Suítes Office

Outro aplicativo bem popular no Windows, é claro, fica por conta do Microsoft Office, que ainda não tem uma versão oficial para Linux, mas conta com opções à altura. Em primeiro lugar, se você não quer trocar o Microsoft Office, vale a pena dar uma chance para o Office Online e ver se ele atende suas necessidades.

Já uma das opções mais completas e populares para o Linux fica por conta do LibreOffice, que recebe atualizações constantes e é compatível com os arquivos criados com o Microsoft Office, assim como o WPS Office. Já uma menção honrosa também fica com o Apache OpenOffice.

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Essas foram apenas algumas dicas para quem está pensando em migrar do Windows para o Linux. Lembre-se, é claro, que os sistemas possuem algumas diferenças de uso. Caso você, leitor, já tenha passado por essa experiência ou queira agregar mais informações de como migrar do Windows para o Linux, deixe o seu comentário e sugestão para nós!