Há algum tempo, o software da empresa Cellebrite ficou muito famoso por, segundo a empresa, conseguir desbloquear qualquer iPhone do mundo. O programa é utilizado por autoridades e agências governamentais globais para encontrar provas dentro dos aparelhos.
Em um vídeo, divulgado pela força policial da Escócia, podemos ver o software em ação. A polícia destaca que todo o processo é realizado mediante solicitações oficiais e seguindo a legislação vigente do país.
Batizado de ciberquiosque, o computador que roda o software foi demonstrado na identificação e acesso a um smartphone da Xiaomi, o Redmi Note 7. A ideia para o uso da tecnologia é fazer com que seja fácil acessar informações que podem ser cruciais para a resolução de casos.
O software pode obter dados como imagens, contatos, mensagens, vídeos, registros de chamadas e outras informações em um período estabelecido. Essa medida foi implementada no programa para que seja acessado apenas o necessário, e a privacidade do investigado seja mantida.
Obviamente, o vídeo não entra em detalhes sobre o uso do programa, mas mostra o quão fácil é a operação. Basta plugar o celular e, após alguns cliques, os arquivos selecionados são exibidos para o investigador.
Mesmo com o acesso facilitado, o vídeo informa que a opção de cópia das informações foi desabilitada. Com isso, os agentes podem apenas visualizar o conteúdo, mas não podem copiá-lo para nenhuma outra unidade.
Caso evidências que ajudem na investigação sejam localizadas, o aparelho é enviado para equipes especializadas para que a segurança seja quebrada e as provas sejam recuperadas para uso no tribunal. As autoridades também afirmam que a solução minimiza a intrusão dessa prática, e diminui o tempo para análise desse dispositivo.
A legislação escocesa prevê que dispositivos como smartphones possam ficar em poder das autoridades por até um mês, mesmo que não apresentem nenhum material que possa ser utilizado em investigações.
Todo o processo deve ser autorizado por um superior que, através de um formulário, informa os motivos do acesso ao telefone. Além disso, o software registra quem acessou o aparelho. Essa é uma medida de segurança adotada para identificar quem realizar operações além do que foi solicitado.
Mesmo com todo o esquema de proteção, a polícia da Escócia se compromete a manter os dados dos acusados em sigilo. Eles destacam que as informações coletadas são usadas apenas para fins de investigação, e que nunca são divulgadas ao público.
Esta post foi modificado pela última vez em 21 de janeiro de 2020 16:30