Especialistas da área da saúde acreditam que o coronavírus chegará ao Brasil. Quando isso ocorrer, os cuidados devem ser maiores em casos específicos, principalmente, idosos, portadores de doenças pulmonares e indivíduos que fazem parte de grupos de vulnerabilidade, como pessoas com obesidade severa ou que tenham problemas respiratórios.

“É praticamente impossível impedir a circulação de um vírus que está bem adaptado à transmissão entre humanos, com as facilidades de locomoção internacional que existem hoje. Realmente, vai chegar ao Brasil”, afirma Rivaldo Venâncio, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz. Para ele, a transmissão do vírus deve aumentar a partir de abril, que é quando as temperaturas ficam mais amenas.

Com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), os serviços de saúde seguirão protocolos de manejo clínico para lidar com a doença.

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Paciente é tratado em hospital na China – Foto: Fortune

Até o momento, como não há cura para combater o vírus, Venâncio disse que o tratamento deve ter como objetivo amenizar os sintomas. Para isso, ele descreve que os pacientes devem se manter em repouso, hidratar-se constantemente e os que tiverem complicações respiratórias, devem fazer uso de ventilação.

“A maioria das pessoas não vai precisar ir para o hospital, como geralmente acontece com as viroses respiratórias e com outros coronavírus. Mas pessoas podem desenvolver formas clínicas que merecem ser atendidas em ambiente hospitalar”, declara Venâncio.

Atualmente, o coronavírus possui uma taxa de letalidade bastante baixa – entre 2% e 5 %. Entretanto, esse número pode ser revisto para menos. “Há uma gama muito grande de pessoas, que não sabemos quantas são, que não foram submetidas a exames porque não precisaram procurar serviços de saúde. Estamos focando apenas nos casos com diagnóstico laboratorial. Ainda assim, a doença expõe a população vulnerável”, declara o coordenador da Fiocruz.

Por enquanto, o vírus não foi confirmado no Brasil. Até ontem (28), o Ministério da Saúde suspeitava de três casos específicos. Felizmente, na manhã desta quarta-feira (28), um deles foi descartado.

Via: O Globo