No início de janeiro, pesquisadores anunciaram a descoberta do objeto mais antigo já encontrado no planeta Terra. O material estava em um meteorito que caiu na Austrália em 1969 e possuía poeira estelar de uma época pré-sistema solar, com aproximadamente 7 bilhões de anos. Agora, poucas semanas depois, outro grupo de cientistas anunciou a descoberta de materiais do mesmo período. A coincidência é que o meteoro em que a substância foi encontrada também atingiu a Terra em 1969, só que no México.

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O estudo foi feito por uma equipe de físicos da Universidade de Washington, liderados por Olga Pravdivtseva e analisou o meteorito Allende, que aterrissou em Chihuahua. O grupo examinou um material que ficou preso dentro do mineral durante sua formação. Essa descoberta surpreendeu os pesquisadores.

“Seguindo nosso entendimento atual da formação do sistema solar, os grãos pré-molares não poderiam sobreviver no ambiente em que essas inclusões são formadas”, afirmou Olga em comunicado. Embora não seja a primeira vez que os materiais pré-sistema solar tenham sido descobertos, isso muda o que os cientistas sabiam sobre os grãos.

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A descoberta também mostra como os cientistas estão descobrindo novas maneiras para encontrar estes materiais. Enquanto a equipe de Pravdivtseva usou dois espectrômetros de massa na pesquisa, o grupo australiano tinha à sua disposição dados da sonda Voyager 1, da Nasa.

Por fim, esses estudos mostram como os avanços científicos estão permitindo novas descobertas em meteoritos antigos. “Há muito sobre condições no sistema solar inicial que podemos aprender estudando esses objetos em detalhes”, contou Olga.

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