Na última segunda-feira (10), Jim Bridenstine, administrador da Nasa, anunciou que a agência solicitou um investimento de mais de US$ 25,2 bilhões para missões espaciais, entre as quais está a primeira viagem que trará, para a Terra, amostras da superfície de Marte.

Dentre os US$ 25,2 bilhões do orçamento, US$ 3,3 bilhões serão destinados a um pouso lunar para astronautas e US$ 2,7 bilhões serão investidos em ciência planetária, dos quais US$ 233 milhões já estão reservados para o desenvolvimento da Mars Sample Return, a missão que partirá em busca de souvenirs do planeta vermelho.

O plano é que o rover espacial Mars 2020 colete amostras de rochas e do solo de Marte a fim de enviá-las de volta à Terra para análise. Serão utilizados equipamentos que selarão as partículas em tubos estreitos que serão entregues por um foguete para a equipe da Nasa.

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“Esse retorno de amostra é um elemento muito crítico porque é a primeira viagem de ida e volta para outro planeta”, explicou Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missões Científicas da Nasa.

Para os cientistas que esperaram a vida toda pela oportunidade de estudar, presencialmente, materiais do nosso vizinho vermelho, a notícia do possível investimento é um sinal positivo para a missão. “Isso é tudo o que esperávamos”, disse Brian Muirhead, arquiteto-chefe da Mars Sample Return no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) em La Cañada Flintridge, Estados Unidos.

Por mais que Marte se encontre seco, frio e quase sem atmosfera, há bilhões de anos o planeta pode ter se parecido muito com a Terra. Com as amostras em mãos, os cientistas poderão investigar a fundo e atestar se tudo o que os satélites falaram sobre Marte ter sido habitável é, de fato, real. “Haverá um enorme avanço em termos da ciência de Marte e a possibilidade de que ele possa ter tido vida em algum momento”, afirmou Jonathan Lunine, cientista planetário da Universidade Cornell.

Se o orçamento for aprovado pelo Congresso estadunidense, a ‘Mars Sample Return’ será lançada em 2026 e sua primeira amostra da superfície marciana chegará à Terra só em 2031.

 

Via: Los Angeles Times