De acordo com uma pesquisa do Safer Internet Centre (Centro de Internet Mais Segura, em português) do Reino Unido, mais de um terço das crianças afirmam se sentir mais confortáveis para serem elas mesmas quando estão online. Contudo, muitas expressaram preocupações em relação aos comportamentos alheios na internet.

O resultado do levantamento feito com 2.001 crianças e adolescentes com idades entre oito e 17 anos coincide com o Dia Internacional da Internet Segura – uma execução anual visa aumentar a conscientização de problemas online emergentes. 

Apesar de 38% das crianças enxergarem a internet como um espaço seguro – o número cresce para 54% quando se trata de jovens com alguma deficiência -, grande parte das pessoas entrevistadas sentiu a necessidade de criar contas falsas ou adicionais para aumentar a proteção online. Isso pode ter relação com os 61% dos entrevistados que acreditam que a internet pressiona as pessoas para parecerem perfeitas.

Segundo o Grupo Parlamentar All-Party (APPG, na sigla em inglês) sobre Mídias Sociais e Saúde Mental dos Jovens, as mídias sociais têm potencial para impactar positivamente a vida das pessoas, elas também podem surtir efeitos negativos, como isolamento de crianças e adolescentes com deficiências mentais, ciberbullying e baixa autoestima – principalmente em meninas e jovens mulheres.

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“Utilizada com segurança, a internet pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento dos jovens. Mas as empresas de mídia social devem ser responsabilizadas por proteger seus usuários contra danos em suas plataformas, incluindo ameaças, crimes de ódio e conteúdo terrorista”, disse Priti Patel, secretária de Assuntos Internos do Reino Unido.

O próximo passo da iniciativa é enviar a Carta dos Jovens, uma lista de solicitações para tornar a internet um espaço mais inclusivo, a quase 40 deputados do governo britânico nesta terça-feira (11). “É exatamente por isso que estamos trabalhando em legislação para tornar o Reino Unido o lugar mais seguro do mundo para estar online”, concluiu Patel.

 

Via: Independent