O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quinta-feira (9) que pode determinar punições a quem desrespeitar medidas de isolamento social. Em entrevista à Rede Globo, o chefe do executivo paulista defendeu a aplicação de multas e até mesmo ordens de prisão caso a adesão popular ao distanciamento não aumente até a semana que vem. 

O isolamento social é um dos principais métodos defendidos por epidemiologistas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a pandemia do novo coronavírus. A recomendação pede que as pessoas fiquem em casa, evitem aglomerações e visitem locais públicos apenas para realizar atividades essenciais, como ir ao mercado.

O objetivo consiste em diminuir o ritmo de transmissão do vírus para evitar a sobrecarga do sistema de saúde. Em outras palavras, a medida visa achatar a curva de contágio da pandemia.

Entretanto, entre a última semana de março e os primeiros dias de abril, o índice de distanciamento nas principais capitais brasileiras decaiu, segundo informações da empresa In Loco, startup que trabalha com dados de localização de 60 milhões de celulares no país.

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“Vamos fazer o teste neste final de semana. Se não elevarmos esse nível, que hoje é de 50%, para mais de 60% e caminharmos para 70%, na próxima semana, não apenas o governo do Estado, como também a prefeitura de São Paulo, tomarão medidas mais rígidas”, disse Doria em entrevista.

O governador garantiu que a recomendação não corresponde a uma “indicação do governo”, mas da medicina e da ciência. “Se continuarem saindo, indo às ruas, se agrupando, fazendo o que não devem fazer, teremos mais pessoas infectadas e teremos mais mortes”, afirmou.

O último balanço oficial do Ministério da Saúde, divulgado nesta quinta-feira (9), aponta 941 óbitos registrados e 17.857 casos confirmados de Covid-19 no Brasil. Foram contabilizadas ao todo, 141 novas mortes e 1.930 diagnósticos positivos, em relação ao dia anterior.

São Paulo é o estado com maior número de ocorrências, com 7.480 pacientes infectados e 496 vítimas fatais.

Fonte: Estadão