Diversos empresários criaram uma carteira digital com intuito de permitir que a população em situação de pobreza tenha acesso a esse tipo de serviço, ainda mais em meio à pandemia de coronavírus e à consequente necessidade do auxílio emergencial. Chamada de Zap do Bem, a iniciativa está distribuindo R$ 200 a duas mil pessoas em condições de miséria.

A experiência piloto que está destinando, no total, R$ 400 mil desde a semana passada, acontece na comunidade carente de Vergel do Lado, na cidade de Maceió, em Alagoas. Além de fazer doações, o Zap do Bem também está captando recursos para se tornar uma ferramenta permanente e presente em outros locais.

A tecnologia por trás da carteira digital foi desenvolvida pela fintech Conta Zap, que já faz transações financeiras por meio de mensageiros, como o WhatsApp. Contudo, o projeto foi adaptado e simplificado para atender o público ao qual se destina.

“O foco está em pessoas em vulnerabilidade extrema, com renda inferior a meio salário mínimo, em situação de miséria mesmo. Claro que é um auxílio adicional, pois ninguém vai viver só com R$ 200, mas dá um fôlego para muita gente em um período crítico”, explicou Rodrigo Abreu, parte do comitê gestor do projeto e CEO da Oi, uma das companhias que apoia a iniciativa.

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No futuro, a expectativa da Oi é desenvolver, com a Conta Zap, um serviço financeiro móvel.  Por ora, não há mais detalhes quanto a isso.

Como funciona o Zap do Bem

Para serem beneficiadas, as pessoas devem ser indicadas por um líder comunitário. Após a indicação, um link é recebido para a abertura da conta digital, na qual o valor de R$ 200 é depositado. Em seguida, o usuário pode gerenciar o saldo por meio de comandos enviados ao chatbot no WhatsApp.

Com esse dinheiro, a população carente pode realizar transações financeiras simples, como pagar boletos, fazer transferências para outros usuários da Conta Zap, recarregar o celular e realizar pagamentos para comerciantes da mesma comunidade já cadastrados pelo líder local.

Reprodução

Exemplo de conversa com o chatbot (Imagem: Zap do Bem)

“Superada a barreira inicial do cadastro, a conversa com o bot é bastante simples. Quase toda a base doadora já movimentou recursos. É a economia local girando. As três ações mais realizadas são pagamento de conta, recarga de celular e transferências”, informou Abreu.

Em breve, o recurso de saque por QR Code deve estar disponível, bem como a opção de solicitar um cartão de débito para realizar saques e pagamento presenciais.

 

Via: Mobile Time