Nesta terça-feira (19), o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, anunciou que o governo iniciará uma segunda rodada de testes com o vermífugo Annita, julgado por ele como promissor no combate ao coronavírus.

A droga nitazoxanida, vendida no Brasil sob a marca Annita, ganhou destaque ao ser mencionada por Pontes em meados de abril. Desde então, 500 pessoas passaram por um ensaio clínico com o medicamento. Agora, o segundo protocolo deve ter o mesmo número de participantes.

Para tal, Pontes solicitou à população que participe dos testes, que estão sendo realizados em 17 hospitais das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Manaus e Curitiba.

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Foto: remédio Annita/A Tribuna

“In vitro é uma coisa, quando testa num organismo inteiro é outra. Assim vamos ter certeza se ele (o remédio) funciona ou não. A probabilidade maior é que ele funcione, dado o histórico da pesquisa anterior”, contou Pontes.

O segundo protocolo vai diferir do primeiro em relação ao tipo dos pacientes: o primeiro ensaio clínico foi destinado a infectados em estado avançado da Covid-19, o segundo teste será feito com pessoas com sintomas leves ou assintomáticas.

“O novo protocolo é para o paciente com sintomas muito precoces ou sem sintomas. Mas como é uma doença imprevisível, cuja replicação viral precisa ser inibida para que não entre naquela tempestade inflamatória, a ideia é que essa droga, se mostrando eficiente no combate à replicação viral, evite o paciente chegar ao estágio da tempestade inflamatória”, explicou Marcelo Morales, secretário de Políticas para Formação e Ações Estratégicas do ministério.

 

Via: Folha de S.Paulo