A Apple e o Google estão lançando hoje (20) a primeira versão de sua tecnologia de rastreamento de contatos para agências de saúde em todo o mundo. Até o momento 22 países, em 5 continentes, já solicitaram acesso à API (Interface de Programação) que servirá de base para que autoridades de saúde pública criem seus próprios apps para monitorar contatos entre pessoas doentes e o restante da população.

O sistema usa Bluetooth para trocar “chaves” entre o smartphone de um usuário e outros aparelhos nas proximidades. Se uma pessoa descobrir que está doente, pode informar ao app, que por sua vez irá usar a API desenvolvida pela Apple e Google para avisar outros usuários com quem ela teve contato de que estão em risco. Isso sem comprometer a privacidade dos usuários, ou seja, sem identificar quem é o doente ou onde o contato ocorreu.

Para evitar fragmentação o acesso à API será limitado a um app por país, com exceções para países onde a estratégia de combate ao vírus é regional. Nos EUA estados como Alabama, Dakota do Norte e Carolina do Sul pretendem usar o sistema para desenvolver seus apps. Nem todos os países aderiram ao novo sistema. A Inglaterra já afirmou que não pretente usá-lo, e a Austrália desenvolveu sua própria solução.

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A Apple está adicionando a nova API ao iOS 13.5, que foi lançado hoje. Já o Google, estreia o recurso em uma atualização do Google Play Services, que estará disponível em breve para usuários com aparelhos rodando o Android 6 ou superior.

As autoridades de saúde devem concordar em usar a API apenas para o rastreamento de contatos da Covid-19. Os usuários precisam dar seu consentimento antes que a API possa ser ativada em seus aparelhos, e antes de compartilhar um resultado positivo. Usuários poderão ligar ou desligar as notificações de exposição. Apps não poderão pedir acesso a dados de localização, e não poderão acessar dados dos usuários para exibir propaganda.

Fonte: Engadget