A tão especulada migração dos Macs, dos atuais processadores Intel para processadores ARM desenvolvidos pela própria Apple, está bem próxima. Segundo a Bloomberg, ela será anunciada durante a WWDC, conferência anual da Apple para os desenvolvedores, no fim deste mês.

Neste ano a conferência, que tradicionalmente reúne milhares de participantes em San Francisco, será realizada online a partir do dia 22 de junho. Um anúncio da migração durante a WWDC dará aos desenvolvedores tempo para adaptar seus apps à nova arquitetura antes que as máquinas cheguem ao mercado, algo que está previsto para 2021.

O projeto para desenvolvimento dos processadores tem o codinome interno de Kalamata. Três chips estão sendo criados, segundo a Bloomberg, baseados na arquitetura do A14 que será usado na geração 2020 de iPhones. Eles serão produzidos pela taiwanesa TSMC, usando um processo de 5 nanômetros.

Os primeiros chips terão 12 núcleos: 8 de alto desempenho, codinome Firestorm, e quatro de baixo consumo, chamados Icestorm. Segundo a Bloomberg, o primeiro Mac com os novos chips será um notebook.

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Em benchmarks recentes, o processador A12Z do novo iPad Pro mostrou desempenho superior a alguns chips Core i7 da Intel para portáteis. Além do ganho em desempenho, processadores baseados em arquiteturas ARM são mais eficientes no uso de energia, o que deve resultar em maior autonomia de bateria.

Vale lembrar que a Apple tem experiência na migração de suas plataformas. Em 1994 a empresa iniciou uma transição dos processadores da família Motorola 68000 (como os 68030 e 68040) para processadores PowerPC, baseados em uma arquitetura desenvolvida em conjunto entre a Apple, IBM e Motorola.

Onze anos depois, em 2005, a Apple migrou dos processadores PowerPC para os chips da Intel, fruto de um projeto conhecido internamente como “Marklar”. A transição levou um ano para atingir toda a linha de produtos, e a empresa suportou processadores PowerPC até 2007 com o lançamento do Mac OS X 10.5 “Leopard”.

Fonte: Bloomberg