A companhia ferroviária Central Japan Railway Company (JR Central) colocou em operação nesta quarta-feira (1) uma nova geração do “trem-bala” japonês, o Shinkansen. O modelo N700S (S de “Supremo”, como frisa a empresa) circula entre Tóquio e Osaka na linha Tokaido Shinkansen e traz mais velocidade, segurança e conforto para os passageiros.

O início da operação foi originalmente programado para coincidir com a realização dos jogos olímpicos de Tóquio (Tokyo 2020), que aconteceriam entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano, antes de serem adiados para 2021 devido à pandemia de Covid-19.

A data tem significado simbólico: foi há pouco mais de 56 anos, em 1º de abril de 1964, que o primeiro trem-bala japonês, também na linha Tokaido Shinkansen, foi inaugurado. A linha foi uma das obras de infraestrutura feitas pelo governo japonês para a realização dos jogos olímpicos de 1964, também sediados em Tóquio.

Em testes o N700S atingiu uma velocidade máxima de 360 km/h, 28 km/h mais rápido que a velocidade máxima do modelo da geração anterior, o N700A. Entretanto, sua velocidade em operação regular é “limitada” a 285 km/h, suficiente para cobrir os 514 km entre as duas cidades em 2 horas e 22 minutos no serviço expresso (chamado Nozomi), com menos paradas no caminho.

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Internamente os vagões têm um novo sistema de iluminação, projetado para maior conforto, poltronas que se reclinam mais, cada uma com uma tomada dedicada e bagageiros superiores que são iluminados nas paradas, para que os passageiros não esqueçam sua bagagem. A viagem é mais suave e silenciosa, graças a um sistema de suspensão ativa que absorve as vibrações do trem.

Também há melhorias de segurança, como um novo sistema de controle e freio automáticos que permite ao trem parar mais rapidamente em caso de emergência. O número de câmeras dentro de cada vagão aumentou de duas para seis.

Além disso, há um sistema de “auto-propulsão” com baterias de íons de lítio sob o piso dos vagões. Com isso, o trem pode continuar se movendo, em baixa velocidade, até um local seguro caso um terremoto interrompa o fornecimento de energia, feito por linhas de alta tensão sobre os trilhos.

Segundo a JR Central, os componentes agora ocupam menos espaço sob o piso dos vagões, o que permite montar trens com configurações mais flexíveis, de 4 a 16 carros. Isso também reduz o consumo de energia e o tempo de produção de novos trens.

Fonte: CNN Travel