O cometa Neowise tem dado um show de imagens, podendo ser visto até mesmo a olho nu. Isso tem empolgado os observadores e astrônomos, já que a última vez que algo parecido aconteceu foi em 1997, com o Hale-Bopp.

Segundo Emily Kramer, membro da equipe científica do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, o fato de o Neowise ser tão brilhante faz com que seja possível “obter muito mais e melhores dados do que normalmente fazemos para a maioria dos cometas”. Kramer afirmou que, na maioria dos casos, só é possível ver os cometas com telescópios poderosos.

“Aqui, podemos estudar o Neowise com uma ampla variedade de telescópios diferentes. E isso nos permitirá fazer estudos realmente interessantes, como observar o que acontece com esse cometa ao longo do tempo”, acrescentou. Essas observações vão permitir a descoberta de detalhes importantes sobre a composição e a estrutura do cometa. Isso inclui a formação das suas duas caudas, sendo a mais baixa formada por poeira, enquanto a segunda e mais fina, na parte superior, é composta por íons.

Neowise.jpgImagem mostra as duas caudas do cometa Neowise. Foto: Nasa

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Já a pesquisadora principal do Neowise, Amy Mainzer, afirma que, no improvável caso de um cometa vir em direção da Terra, “gostaríamos de saber algo sobre sua estrutura e composição, para que possamos ter uma ideia melhor de como empurrá-lo”.

O Neowise, descoberto em 27 de março, fez sua aproximação mais próxima do Sol em 3 de julho e está voltando para o sistema solar externo. Esta é a melhor chance para analisar o cometa, já que só voltará a aparecer em 6.800 anos. “Eu esperava que a maioria dos grandes telescópios observasse esse cometa assim que ele se afastasse do Sol”, afirmou Kramer.

Visualização do cometa

Desde os primeiros dias do mês de julho, começaram a surgir na internet imagens estonteantes do Cometa C/2020 F3 (Neowise). Por ora, todas essas imagens vêm de países do hemisfério norte, onde o cometa está visível, mas em alguns dias poderemos vê-lo por aqui também.

O Cometa C/2020 F3 (Neowise) foi descoberto no dia 27 de março de 2020 nas imagens em infravermelho do telescópio espacial Neowise (Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer), da Nasa. Entre 22 e 27 de junho, foi percebido um aumento no brilho quando passou pelo campo de visão do telescópio espacial de observação solar Soho. Como ele estava em direção ao Sol, não poderia ser observado aqui da Terra, mas deixou os astrônomos atentos, com expectativa de sua aparição no início deste mês.

Via: Live Science