Passando por uma grave crise financeira, a Mozilla conseguiu estender seu acordo com o Google e manterá a plataforma como padrão para as buscas do navegador Firefox. Para isso, de acordo com fontes do site The Register, a empresa receberá um valor entre US$ 400 milhões e US$ 450 milhões por ano até 2023.

A Mozilla anunciou esta semana que está cortando 250 empregos e fechou seu escritório em Taiwan, em uma reorganização que disse ter sido acelerada por causa da crise causada pela pandemia da Covid-19. A maior parte da sua receita (cerca de 90%) vem de acordos como o renovado esta semana, que definem os mecanismos de pesquisa padrão do Firefox em vários países.

Porém, os executivos da empresa estavam preocupados com o fim do acordo assinado com o Google em 2017, que deveria expirar no fim deste ano. Um porta-voz da Mozilla confirmou ao The Register que a empresa teve sucesso na negociação. “Recentemente estendemos a parceria e o relacionamento não está mudando”, confirmou a fonte em nota.

O Firefox vem perdendo mercado entre os navegadores, o que fez com que analistas passassem a acreditar que o Google pudesse reconsiderar uma extensão no acordo. Atualmente, a fatia do navegador no mercado de desktop é de 7,8%, de acordo com o NetMarketShare – uma queda de quase quatro pontos percentuais desde 2017. A versão móvel do Firefox é ainda menos popular, com menos de 1% do mercado global.

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Como uma operação de código aberto sem fins lucrativos, a Mozilla gasta tanto quanto recebe. Seu gasto em pessoal em 2018 foi de US$ 286 milhões para cerca de mil funcionários, com cada um recebendo, em média, US$ 286 mil por ano. A empresa vem tentando diversificar suas fontes de renda, para não ser tão dependente do seu maior rival – a fabricante do Chrome, por acaso.

Entre os produtos, está um recém-lançado serviço de VPN. No início da semana, o CEO da Mozilla, Mitchell Baker, afirmou que a empresa deve continuar a desenvolver produtos pagos, argumentando que “o modelo antigo em que tudo era de graça tem consequências”.

Via: Forbes/The Register